#PRACEGOVER: Capa do livro |
Autor: Chico Buarque
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2019
Páginas: 200
Sinopse: Um escritor decadente enfrenta uma crise financeira e afetiva enquanto o Rio de Janeiro colapsa à sua volta. Tragicomédia urgente, o novo romance de Chico Buarque é a primeira obra literária de vulto a encarar o Brasil do agora.
Há alguns pontos de contato entre Chico Buarque e o protagonista de Essa gente, seu primeiro livro após a consagração do prêmio Camões. O escritor Manuel Duarte tem esse sobrenome de perfil vocálico idêntico, e gosta de bater perna nos arredores do Leblon. Contudo, o leitor logo descobre que isso conduz a um dos muitos becos sem saída da trama.
Autor de um romance histórico que se tornou best-seller nos anos 1990, Duarte passa por um deserto criativo e emocional, tendo por pano de fundo um Rio de Janeiro que sangra e estrebucha sob o flagelo de feridas sociais finalmente supuradas, ostensivas.
Com estrutura de diário, a reflexão sobre a linguagem ― marca da ficção buarquiana ― parte agora do apontamento rápido, artimanha para auxiliar a memória quando for possível dar sentido ao tumulto do presente. Ao seu melhor estilo, Chico Buarque borra as fronteiras entre vida, imaginação, sonho e delírio, e constrói uma narrativa engenhosa, em cujas entrelinhas se descortinam as contradições de um país fraturado.
“A imaginação literária de Chico Buarque é bela e peculiar. Ler sua ficção é sempre um prazer.” ― Salman Rushdie
“Com aparente simplicidade, Chico Buarque faz uma enternecedora, ainda que ligeiramente cômica, elegia à solidão, à mágoa, aos mal-entendidos eróticos (e literários) e à nostalgia de todas as coisas não ditas.” ― Lila Azam Zanganeh
Olá leitores!!!!
Cresci numa casa cheia de livros e música. Nos anos 80, lançaram uma coleção de livros que acompanhavam um disquinho narrando a história, histórias infantis conhecidas, narradas e contadas por artistas genuinamente brasileiros, e esse foi o meu primeiro contato com o Chico Buarque.
Ele se tornou o meu maior ídolo! Não sou capaz de elencar as minhas músicas preferidas dele, pois cada uma é importante de um jeito, porém, nem só de música ele vive, um artista completo e um escritor enigmático.
Amar o Chico compositor é fácil, amar o Chico cantor é contraditório, amar o Chico escritor é um processo. Os livros e sim eu li todos, mudaram com o tempo, ficaram mais palatáveis por assim dizer.
Essa Gente, o mais novo romance de Chico Buarque, retrata o Brasil, esse país enorme e controverso, que cabe dentro de vários outros países, o Brasil aristocrata, o Brasil da casa grande, o Brasil que em pleno século 21 insiste na falta de consciência de classe e na segregação.
O livro traz uma sátira, uma crítica à classe dominante, com pitadas de humor e sarcasmo, com um humor ácido e feroz sobre a classe média brasileira.
O livro me fez ter dúvidas se é um romance, se é baseado em fatos reais... É uma leitura fácil e muitas vezes aterrorizante.
Termino essa resenha com uma das frases mais marcantes do Chico compositor: “ e aí me dá uma tristeza no meu peito, feito um despeito de não ter como lutar” (Gente Humilde).
E você, já experimentou ler alguma obra do Chico Buarque? E as músicas, qual você conhece e curte?
Até a próxima!
#pracegover A capa do livro tem fundo neutro, título e nome do autor.
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