12 de dezembro de 2020

[Resenha da Karla] O silêncio das montanhas

#PRACEGOVER: Capa do livro

Autor: Khaled Hosseini
Editora: Globo Livros
Ano: 2013
Páginas: 350
Minha classificação: 3,5/5

Sinopse: O Silêncio das Montanhas traz como protagonista os irmãos Pari e Abdullah, que moram em uma aldeia distante de Cabul, são órfãos de mãe e têm uma forte ligação desde pequenos. Assim como a fábula que abre o livro, as crianças são separadas, marcando o destino de vários personagens.
Paralelamente à trama principal, Hosseini narra a história de diversas pessoas que, de alguma forma, se relacionam com os irmãos e sua família, sobre como cuidam uns dos outros e a forma como as escolhas que fazem ressoam através de gerações. Assim como em O Caçador de Pipas, o autor explora as maneiras como os membros sacrificam-se uns pelos outros, e muitas vezes são surpreendidos pelas ações de pessoas próximas nos momentos mais importantes.
Segundo o próprio Hosseini, o novo título "fala não somente sobre a minha própria experiência como alguém que viveu no exílio, mas, também sobre a experiência de pessoas que eu conheci, especial os refugiados que voltaram ao Afeganistão e sobre cujas vidas tentei falar tanto como escritor quanto como representante da Organização das Nações Unidas. Espero que os leitores consigam amar os personagens de O Silêncio das Montanhas tanto quanto eu os amo".
Seguindo os personagens, mediante suas escolhas e amores pelo mundo - de Cabul a Paris, de São Francisco à Grécia -, a história se expanda, tornando-se emocionante, complexa e poderosa. É um livro sobre vidas partidas, inocências perdidas e sobre o amor em uma família que tenta se reencontrar.

Olá, leitores do Pacote Literário!

Hoje deixo aqui a minha última participação de 2020 no desafio dos #12livrospara2020, blogagem coletiva que faço em parceria com as queridas Clauo do Maeliteratura e Hanna, do Mundinho da Hanna. Não deixem de conferir as escolhas das meninas para esse mês!

#PRACEGOVER: LOGO DO PROJETO 12 LIVROS PARA
2020 COM TÍTULO E NOMES DOS PARTICIPANTES

Aproveito para te convidar a clicar aqui e participar do nosso formulário para votação dos 12 livros que lerei em 2021 nesse projeto.

O começo de O silêncio das motanhas me empolgou bastante, com um pai contando aos filhos uma lenda extremamente triste, de uma família obrigada a se separar. Me emocionei e minhas expectativas foram lá em cima.

Conhecemos os irmãos Pari e Abdullah, muito jovens e órfãos de mãe, o que por si só já é algo extremamente triste. Irmãos extremamente unidos que, assim como a lenda contada pelo pai, são obrigados a se separar.

A história vai bem até esse ponto, mas então entram muitos personagens novos, alguns com histórias até interessantes, mas, a meu ver, longe de terem grande relevância para o desenrolar central.

Os personagens secundários formam uma teia de contos enlaçados, como se fizessem parte de uma história única. Mas achei que não precisava entrar tanto em cada uma delas para se fecharem as pontas dos acontecimentos principais.

As narrativas se misturam em primeira e terceira pessoa e isso traz certa confusão à leitura, ao ponto de, muitas vezes, não ficar claro quem é o narrador.

Outro ponto que achei complicado no livro foram as muitas passagens de tempo, são idas e voltas que achei desnecessárias.

Como todo livro desse autor, temos aqui fortes dramas familiares, escolhas muito difíceis, relações mal resolvidas entre parentes e reencontros muito esperados pelo leitor.

O que mais me chamou a atenção foi uma paixão homoafetiva abordada de maneira bem leve, apesar da dureza da tradição daquela sociedade. Para mim, foi uma grande surpresa acompanhar o desvendar dessa história secundária.

#PRACEGOVER: Estante de livros ao fundo, mão segurando o livro à frente.


Achei bem interessante o acesso que o autor nos dá às inquietações internas de cada personagem, é como se estivéssemos dentro de seus corações.

Infertilidade, pobreza, adoção, violência familiar, muitas lágrimas, mas muita esperança são alguns dos temas que o leitor encontrará aqui.

Para mim, foi uma leitura totalmente diferente dos outros livros do autor: não tem o impacto de O caçador de Pipas, nem a sensibilidade de A cidade do sol.

O final não me agradou, pois, no meu entender, não resolveu algumas questões importantes. Além disso, passei o livro todo imaginando e querendo que tudo acontecesse de determinada forma, o que não ocorreu.

Os capítulos são extremamente longos: 350 páginas separadas em apenas 9 capítulos, o que pode tornar a leitura cansativa.

A edição da Globo Livros tem uma linda capa, páginas amareladas e fonte que, apesar de pequena, é legível e confortável.

Recomendo a quem goste do autor e desse tipo de história, mas já alerto: separem os lencinhos!

#PRACEGOVER: A capa do livro tem fundo de montanhas, um homem de costas com uma menina sobre os ombros. Nome do autor no alto e título abaixo.


#PRACEGOVER: Caricatura da Karla com
escrito "Matéria de Karla Samira"


Um comentário:

  1. Eu já ouvi falar bastante do autor e de seus livros, mas ainda não tive a oportunidade de ler. Achei interessante seu ponto de vista e, muito provavelmente eu iria me incomodar nos mesmos pontos. Uma pena que a leitura não te agradou de todo, mas vida que segue... rs
    Bjks e muito obrigada pela sua companhia nesse projeto lindo que temos. ^^


    Mundinho da Hanna
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