29 de outubro de 2020

[Resenha em dupla] Anna Kariênina

#PRACEGOVER: Capa do livro

Autor: Leon Tolstói
Editora: Cosac Naify
Ano: 2009
Páginas: 816

Sinopse: Estruturado em paralelismos, o livro se articula por meio de contrastes - a cidade e o campo; as duas capitais da Rússia (Moscou e São Petersburgo); a alta sociedade e a vida dos mujiques; o intelectual e o homem prático etc. Os dois principais personagens, Liévin, um rico proprietário de terras, e Anna, uma aristocrata casada, só se encontram uma vez, em toda a longa narrativa. Mas nem por isso estão menos ligados, pois a situação de um permanece constantemente referida a situação do outro. Nesta tradução, a frequente repetição das palavras e as frases longas foram mantidas em sua integridade. Além das notas de rodapé, elaboradas pelo tradutor, este volume conta com uma árvore genealógica dos principais núcleos familiares e uma lista completa de personagens, que facilitarão a leitura deste grande clássico.


Olá, leitores do Pacote Literário!

Dani e eu temos uma lista enorme de clássicos que ainda queremos ler.

Aproveitamos a leitura conjunta lançada por Christian Assunção para ler esse calhamaço clássico e tentar entender porque é um livro tão famoso e, claro, o motivo de ter 800 páginas!

O livro se passa na Rússia e foi escrito em 1870, em formato de folhetim, isto é, o objetivo da escrita do autor era publicar pedaços da história nos jornais locais, de forma sequencial. Uma espécie de novela escrita que era entregue naquela época e atraía a atenção dos leitores.

A obra nos conta, principalmente, a história de Anna, uma mulher bem polêmica, que pode ser considerada à frente do seu tempo. As decisões de Anna, algumas bem desastrosas, são questionadas a todo momento pela sociedade da qual ela não se sente parte nem entende bem as regras de convivência.

Outro personagem importante na história é Liévin, a quem é impossível não se afeiçoar, tamanha sensatez e humanidade que carrega. Na verdade, esse é um personagem que aparece mais no livro que a própria Anna e isso incomoda, tendo em vista que é um livro (teoricamente) com a história dela e ele é de um outro "núcleo".

Anna trai seu marido, o que por si só já é algo bastante condenável para a sociedade da época. Além disso, o marido opta por permanecerem casados e assim evitarem um escândalo ainda maior.

E então, como se fosse necessária punição maior que a que Anna já sofria por viver nessa relação já falida, outros e outros sofrimentos são impostos a ela, sempre na direção de que as mulheres deveriam cumprir determinados papéis.

O desenvolvimento do livro é extremamente lento e parece que ele foi feito para ler de forma pausada, em contraponto à pressa em que vivemos nos dias de hoje.

Infelizmente, esse é um livro sobre o qual não se pode falar muito, tendo em vista que qualquer detalhe pode ser um spoiler para quem ainda pretende ler. 

Porém, uma coisa precisamos dizer:  O final foi de arrebatar qualquer coração! Absolutamente inesperado, trágico, onde parece que o objetivo do autor foi realmente dar um choque de realidade, diante das inúmeras questões e contradições humanas que apresentou ao longo do livro.

#PRACEGOVER: Fundo de livros, kindle recostado com a capa do livro, buquê de flores, broche, colar de pérolas.


Esse foi o primeiro livro que lemos dele. Agora é que estamos começando a nos aventurar nessa literatura tão clássica e internacional.

Os pontos altos do livro foram as questões políticas envolvidas e, claro, o uso do humor, mesmo em doses homeopáticas, que tornou algumas partes do livro um pouco menos difíceis de ler.

Opinião da Karla: Foram muitos os trechos (e os capítulos inteiros) em que me senti absurdamente cansada de ler. A escrita dele é bem complexa, rebuscada e cheia de detalhes que não acrescentam tanto ao entendimento da obra. Me conectei mais com Lievin que com Anna, talvez por isso, tenha achado a história dele mais interessante que a dela. Minha nota para esse clássico é 3.

Opinião da Dani: Anna Kariênina é um clássico sobre o qual eu já tinha visto várias referências por aí, então confesso que estava com as expectativas altas. Quando a Karla me chamou pra leitura conjunta, fiquei ainda mais animada; porque, 1: amo como ter outro ponto de vista nos ajuda a compreender a história e 2: é um livro enorme! Senti que precisaria de uma companheira pra incentivar minha leitura hahaha. Mas falando da história, o início me deixou intrigada. Quando Anna finalmente aparece, ela traz uma aura de mistério e nos faz querer conhecê-la. Mas os pontos de vista entre os personagens vão se alternando e a curiosidade vai se enfraquecendo. São tantas reflexões políticas, filosóficas, existenciais, que me senti perdida. Depois de conversar com a Karla, consegui entender um pouco mais do que o autor tentou demonstrar, mas ainda assim achei um livro difícil, e, que me perdoe os fãs, maçante. Minha nota pra este clássico é 2. 

Ambas pretendemos ler outros livros do autor, e esperamos entendê-lo melhor nas próximas experiências.

E vocês, já leram ou querem ler Anna Kariênina? Leram algum clássico esse ano? Me contem nos comentários!

#PRACEGOVER: A capa do livro tem tom sépia e traz uma cidade com prédios antigos e uma rua com pessoas passando. A parte de cima da página espelha a parte debaixo. Ao centro, o nome do autor e o título.




#PRACEGOVER: Caricatura da Karla com
escrito "Matéria de Karla Samira"


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