Autor (a): Eva Schloss
Editora: Universo dos Livros
Ano: 2013
Páginas: 304
Classificação: 5/5Sinopse: – Em seu aniversário de quinze anos, Eva é enviada para Auschwitz. Sua sobrevivência depende da sorte, da sua própria determinação e do amor de sua mãe, Fritzi. Quando Auschwitz é extinto, mãe e filha iniciam a longa jornada de volta para casa. Elas procuram desesperadamente pelo pai e pelo irmão de Eva, de quem haviam se separado. A notícia veio alguns meses depois: tragicamente, os dois foram mortos.
Este é um depoimento honesto e doloroso de uma pessoa que sobreviveu ao Holocausto. As lembranças e descrições de Eva são sensíveis e vívidas, e seu relato traz o horror para tão perto quanto poderia estar. Mas também traz a luta de Eva para viver carregando o peso de seu terrível passado, ao mesmo tempo em que inspira e motiva pessoas com sua mensagem de perseverança e de respeito ao próximo – e ainda dá continuidade ao trabalho de seu padrasto Otto, pai de Anne Frank, garantindo que o legado de Anne nunca seja esquecido.
#PRACEGOVER: Capa do livro em tons de cinza, com o título em cima, uma rua à esquerda e uma cerca de arames à direita.
Olá leitores do Pacote Literário!
Hoje venho falar desse livro que já se encontrava em minha lista de desejados há algum tempo. Ganhei de uma amiga em um amigo oculto de Natal e aqui estou, desolada após a leitura, para trazer um pouco do que li!
O livro vem nos contar a história de Eva, a autora que é narradora em primeira pessoa durante todo o desenvolvimento da trama. Gosto bastante desse tipo de narração, porque dá ao leitor acesso aos sentimentos e pensamentos mais profundos do autor!
Não sei se todos sabem, mas Eva se intitula "meia irmã de Anne Frank" (não vou contar detalhes para não falar demais sobre o livro), que escreveu um dos primeiros livros que revelou ao mundo os horrores do Holocausto.
Eva teve uma infância relativamente tranquila, vivia com seus pais e seu irmão na Áustria, gostava de brincar com seus avós, até que rumores sobre uma segunda guerra mundial começaram a preocupar a toda a sua família, que tinha origem judia.
Seu pai tinha uma pequena fábrica e, desesperadamente passou a procurar meios para se sustentar, em vão pois, a partir de determinado momento, foram criadas muitas leis absurdas contra os judeus. Sem condições de criar a sua família e com muito medo, tentou se refugiar em diversos países e chegou a conseguir se mudar algumas vezes com a família, porém, algumas pessoas os delataram.
Como se trata de uma história real, acho importante esclarecer os nazistas tinham uma espécie de "auditoria secreta" especializada em receber denúncias de famílias que escondiam judeus.
A família que acolheu Eva, seu irmão e seus pais foi alvo dessa auditoria e, certo dia, foram capturados e ficaram à mercê dos nazistas.
A família de Eva foi enviada ao lugar onde mais temiam: O campo de concentração Auschuitz-Birkenal. O caminho até os campos de concentração foi feito em um trem de carga com judeus amontoados uns por cima dos outros, sem comida, nem ar para respirar.
Logo na chegada, outra amostra de crueldade: nazistas ofereciam transporte a quem estava muito cansado para caminhar até os locais de trabalho. Mal sabiam os judeus que aquele transporte iria direto para as câmaras de gás!
No trabalho, outros absurdos aconteciam. Exausta, com fome, com sede, Eva não podia beber a água que ali era oferecida, tendo em vista a certeza de contrair desinteria e infecções diversas que poderiam levar à morte.
Outro ponto extremamente cruel é saber que, muitas vezes, montavam-se hospitais que, na realidade, não tratavam nenhum judeu: apenas os esperavam morrer!
Não tenho como dizer qual parte do relato de Eva é mais triste. A maldade humana parece nunca ter fim quando lemos relatos dos judeus sobre o que os nazistas eram capazes!
A expectativa quanto ao final da Guerra também é repassada e o leitor passa a torcer por isso, sobretudo pela derrota da Alemanha e pela retomada dos campos de concentração e libertação dos prisioneiros judeus! Porém, quando isso ocorre, a vida de Eva continua trágica: abalada emocionalmente, ela não tem condições de retomar sua vida anterior.
Notícias e confirmações do que ela já previa sobre membros de sua família também a deixam ainda mais traumatizada. Eva nos conta como era difícil se controlar diante de um prato de comida depois de tanta luta para conseguir um mísero pedaço de pão ou uma sopa rala sem legumes.
Gosto muito desse tipo de leitura porque nos mostra a realidade sobre o que foi o Holocausto, para que fique bem claro que jamais a humanidade pode permitir que se repita com nenhum povo!
A narrativa de Eva é triste e emocionante, mas se percebe a sua força, pois conseguiu desenvolver um trabalho maravilhoso de conscientização e luta, tendo a si mesma como exemplo para demonstrar a todos o que é força, resistência e persistência!
Indico a todos que curtem histórias sobre a Segunda Guerra Mundial ou apenas sobre a obstinação de alguém que pode experimentar o que há de pior em um ser humano: a crueldade!
Olá leitores do Pacote Literário!
Hoje venho falar desse livro que já se encontrava em minha lista de desejados há algum tempo. Ganhei de uma amiga em um amigo oculto de Natal e aqui estou, desolada após a leitura, para trazer um pouco do que li!
O livro vem nos contar a história de Eva, a autora que é narradora em primeira pessoa durante todo o desenvolvimento da trama. Gosto bastante desse tipo de narração, porque dá ao leitor acesso aos sentimentos e pensamentos mais profundos do autor!
Não sei se todos sabem, mas Eva se intitula "meia irmã de Anne Frank" (não vou contar detalhes para não falar demais sobre o livro), que escreveu um dos primeiros livros que revelou ao mundo os horrores do Holocausto.
Eva teve uma infância relativamente tranquila, vivia com seus pais e seu irmão na Áustria, gostava de brincar com seus avós, até que rumores sobre uma segunda guerra mundial começaram a preocupar a toda a sua família, que tinha origem judia.
Seu pai tinha uma pequena fábrica e, desesperadamente passou a procurar meios para se sustentar, em vão pois, a partir de determinado momento, foram criadas muitas leis absurdas contra os judeus. Sem condições de criar a sua família e com muito medo, tentou se refugiar em diversos países e chegou a conseguir se mudar algumas vezes com a família, porém, algumas pessoas os delataram.
#PRACEGOVER: Parte de um tabuleiro de xadrez com uma rosa embaixo, capa do livro ao centro. À direta, um tijolo e alguns pregadores. Foto em sépia. |
Como se trata de uma história real, acho importante esclarecer os nazistas tinham uma espécie de "auditoria secreta" especializada em receber denúncias de famílias que escondiam judeus.
A família que acolheu Eva, seu irmão e seus pais foi alvo dessa auditoria e, certo dia, foram capturados e ficaram à mercê dos nazistas.
A família de Eva foi enviada ao lugar onde mais temiam: O campo de concentração Auschuitz-Birkenal. O caminho até os campos de concentração foi feito em um trem de carga com judeus amontoados uns por cima dos outros, sem comida, nem ar para respirar.
"Com um estremecer extenso e lento, a locomotiva começou a se movimentar, e a sensação era a de que tínhamos dado início a uma viagem para o inferno."
Logo na chegada, outra amostra de crueldade: nazistas ofereciam transporte a quem estava muito cansado para caminhar até os locais de trabalho. Mal sabiam os judeus que aquele transporte iria direto para as câmaras de gás!
No trabalho, outros absurdos aconteciam. Exausta, com fome, com sede, Eva não podia beber a água que ali era oferecida, tendo em vista a certeza de contrair desinteria e infecções diversas que poderiam levar à morte.
Outro ponto extremamente cruel é saber que, muitas vezes, montavam-se hospitais que, na realidade, não tratavam nenhum judeu: apenas os esperavam morrer!
Não tenho como dizer qual parte do relato de Eva é mais triste. A maldade humana parece nunca ter fim quando lemos relatos dos judeus sobre o que os nazistas eram capazes!
A expectativa quanto ao final da Guerra também é repassada e o leitor passa a torcer por isso, sobretudo pela derrota da Alemanha e pela retomada dos campos de concentração e libertação dos prisioneiros judeus! Porém, quando isso ocorre, a vida de Eva continua trágica: abalada emocionalmente, ela não tem condições de retomar sua vida anterior.
Notícias e confirmações do que ela já previa sobre membros de sua família também a deixam ainda mais traumatizada. Eva nos conta como era difícil se controlar diante de um prato de comida depois de tanta luta para conseguir um mísero pedaço de pão ou uma sopa rala sem legumes.
"Muitas coisas mudaram desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas infelizmente o preconceito e a discriminação não mudaram."
Gosto muito desse tipo de leitura porque nos mostra a realidade sobre o que foi o Holocausto, para que fique bem claro que jamais a humanidade pode permitir que se repita com nenhum povo!
A narrativa de Eva é triste e emocionante, mas se percebe a sua força, pois conseguiu desenvolver um trabalho maravilhoso de conscientização e luta, tendo a si mesma como exemplo para demonstrar a todos o que é força, resistência e persistência!
Indico a todos que curtem histórias sobre a Segunda Guerra Mundial ou apenas sobre a obstinação de alguém que pode experimentar o que há de pior em um ser humano: a crueldade!
#PRACEGOVER: Parte de um tabuleiro de xadrez com pregadores embaixo, capa do livro ao centro. À direta, uma rosa e um tijolo. Foto em sépia. |
As fotos foram feitas nessas cores justamente com o objetivo de demonstrar a frieza e a tristeza de tudo o que li!
Essa leitura faz parte do desafio #12livrospara2019, e também do Projeto #leiamulheres, já explicados aqui no blog.
Aqui finalizo a participação do blog neste ano para o desafio, com a leitura dos 12 livros propostos. Fiquem atentos para as novidades que estamos preparando para 2020!
Essa leitura faz parte do desafio #12livrospara2019, e também do Projeto #leiamulheres, já explicados aqui no blog.
Aqui finalizo a participação do blog neste ano para o desafio, com a leitura dos 12 livros propostos. Fiquem atentos para as novidades que estamos preparando para 2020!
E você, já leu este livro ou outros sobre a Segunda Guerra Mundial? Deixe nos comentários, para que eu adicione à minha lista para o próximo ano!
Querida Karla
ResponderExcluirEstou doida para ler este livro, pois AMO livros sobre a segunda guerra
Foi uma delícia compartilhar esta TAG com você, uma parceira, ponta firme, super comprometida e querida
Vou aguardar os projetos de 2020
Obrigada pela companhia e pela parceria <3
Bjs
Claudia
Oi Karlinha, confesso que apesar de gostar da sua escolha para finalizar o projeto, eu não sei se leria até o fim. Mesmo sabendo que é algo que de fato aconteceu, está nos livros de história para todos lerem, é muito triste ver até que ponto chega a maldade do ser humano. Outra coisa que reparei, e gostei inclusive, foi que você colocou a legenda para se adequar à acessibilidade. Gostei bastante da sua ideia, parabéns. Ontem mesmo, num evento da minha profissão, falávamos sobre inclusão e sobre a importância dessa hashtag.
ResponderExcluirBjks e obrigada por participar do desafio, que acabou nem sendo tão desafio assim, já que rendeu leituras incríveis! ^^
Mundinho da Hanna | Instagram | Skoob
Antes de decidir comprar esse livro vim dá uma pesquisada e agora não tenho dúvidas. Bjim 😙
ResponderExcluirOlá, gostaria de saber qual a classificação indicativa desse livro, pois tenho 12 anos e adoro ler sobre a segunda Guerra já li o diario de Anne Frank e o menino do pijama listrado. Quem poder me tirar esta dúvida, agradeço!
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