12 de outubro de 2021

[Resenha] Eu sei por que o pássaro canta na gaiola

#PRACEGOVER: Capa do livro

Autora: Maya Angelou
Editora: Astral Cultural
Ano: 2018
Páginas: 336


Sinopse: RACISMO. ABUSO. LIBERTAÇÃO. A vida de Marguerite Ann Johnson foi marcada por essas três palavras. A garota negra, criada no sul por sua avó paterna, carregou consigo um enorme fardo que foi aliviado apenas pela literatura e por tudo aquilo que ela pôde lhe trazer: conforto através das palavras.

Dessa forma, Maya, como era carinhosamente chamada, escreve para exibir sua voz e libertar-se das grades que foram colocadas em sua vida. As lembranças dolorosas e as descobertas de Angelou estão contidas e eternizadas nas páginas desta obra densa e necessária, dando voz aos jovens que um dia foram, assim como ela, fadados a uma vida dura e cheia de preconceitos. Com uma escrita poética e poderosa, a obra toca, emociona e transforma profundamente o espírito e o pensamento de quem a lê.

Eu tinha quinze anos quando descobri Eu sei por que o pássaro canta na gaiola. Foi uma revelação. [...] pela primeira vez, ali estava uma história que finalmente falava ao meu âmago.
– Oprah Winfrey

Essa obra monumental merece ser lida em doses, não é algo que se lê de uma vez. Alguns trechos tocam fundo na alma e precisam de tempo para serem sorvidos. [...] Muitos denominam como superação, mas acho que essa palavra não exprime a escrita densa de Maya Angelou. [...] Maya escreve de modo a se libertar e a nos ajudarmos a sermos livres também. [...] Maya Angelou foi uma mulher que não guardou silêncio, expôs suas dores e, ao fazê-lo, fez com que muitas histórias se conectassem e fossem contadas através de suas narrativas. Não existe agonia maior do que guardar uma história não contada dentro de você, disse ela. Nesta obra, muitos silêncios são ditos de forma tão alta que não são somente audíveis, mas transformadores.
– Djamila Ribeiro


Olá, leitores do Pacote Literário!

Hoje a resenha é de mais um livro escolhido por vocês no projeto #12livrospara2021 em conjunto com a Claudia do MãeLiteratura e a  Hanna do Mundinho da Hanna.


#PRACEGOVER: Imagem com inscrições: "12 livros para 2021, Mãeliteratura, Mundinho da Hanna, Pacote Literário"


Para o desafio dos #12livrospara2021 do mês de outubro, li Eu sei por que o pássaro canta na gaiola, publicado pela @astralcultural e hoje trago a resenha para vocês.

Trata-se de mais um livro autobiográfico de Maya Angelou, apelido que ganhou Marguerite Ann Johnson, que mais uma vez nos conta como sua vida foi marcada pelo racismo.

Acompanhamos sua infância e adolescência desde que foi enviada para o Stamps, localizada no sul dos Estados Unidos, para residir com sua avó.

Maya narra a pobreza comum naquela pequena cidade e nos explica que sua família tinha até certo prestígio, devido ao fato de suas condições financeiras não serem das piores, em comparação aos demais moradores.

Porém, como estamos falando de uma época em que o país se encontrava em plena segregação racial, existiam divisões para realizar todas as atividades sociais, de frequentar a Igreja até pegar um ônibus, por exemplo.

Para se ter uma ideia, por vezes, Maya chegou a duvidar se pessoas brancas existiam, de fato, ou se apenas faziam parte de uma lenda contada pelos outros.

#PRACEGOVER Pilha de livros ao fundo, buquê de flores, livro em destaque.



O pai de Maya, certo dia, retorna para buscá-la e ao seu irmão. Ao residir com sua mãe, Maya passa por gravíssimos acontecimentos, sem sequer se dar conta do que ocorria, de tão jovem!

Senti que a autora se libertou ao contar sua história sofrida, dolorida e de extrema força. Ela sempre se reinventou e deu a volta por cima, até mesmo em situações em que acredito que quase ninguém conseguiria.

Tive um pouco de dificuldade em “entrar” na leitura, no início. Mas depois a história ficou bem fluida e me senti muito próxima dela.

Sua relação com seu irmão é das mais lindas que já vi!

Conforme orienta Djamila Ribeiro, que escreveu o prefácio, não é um livro para ser lido de uma vez. São necessárias pausas, seja para digerir o que é lido, seja para compreender melhor o que está sendo contado.

E você, curte esse tipo de leitura? Tem outros livros com essa temática para me indicar?

Passem nos blogs das queridas Hanna, do Mundinho da Hanna e Cláudia do Mãeliteratura para ver suas indicações!

#pracegover A capa do livro tem fundo laranja, nome da autora acima, título ao centro à esquerda e a silhueta de uma mulher negra, um galho e um pássaro.

#PRACEGOVER: Caricatura da Karla com
escrito "Matéria de Karla Samira"



2 comentários:

  1. Oi Karlinha, que livro incrível e necessário, amei. Eu ainda não o conhecia, mas deve ter sido mesmo uma leitura intensa e, ao mesmo tempo, emocionante.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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  2. Oi Karlinha!
    Este livro está na minha lista e olha só que legal, na mesma semana que você leu, eu li um da Djamila!
    Adorei a resenha e adoro nossa parceria na TAG, que aliás está na sua reta final, né?
    Beijos e até o mês que vem
    Clauo

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