12 de setembro de 2021

[Resenha da Karla] Menina má

#PRACEGOVER: Capa do livro

Autor: William March
Editora: DarkSide Books
Ano: 2016
Páginas: 272


Sinopse: Publicado originalmente em 1954, MENINA MÁ se transformou quase imediatamente em um estrondoso sucesso. Polêmico, violento, assustador eram alguns adjetivos comuns para descrever o último e mais conhecido romance de William March. Os críticos britânicos consideraram o livro apavorantemente bom. Ernest Hemingway se declarou um fã. Em menos de um ano, MENINA MÁ ganharia uma montagem nos palcos da Broadway e, em 1956, uma adaptação ao cinema indicada a quatro prêmios Oscar, incluindo o de melhor atriz para a menina Patty McComarck, que interpretou Rhoda Penmark.
Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.
MENINA MÁ é um romance que influenciou não só a literatura como o cinema e a cultura pop. A crueldade escondida na inocência da pequena Rhoda Penmark serviria de inspiração para personagens clássicos do terror, como Damien, Chucky, Annabelle, Samara, de O Chamado, e o serial killer Dexter.

Olá, leitores do Pacote Literário!

Hoje a resenha é de mais um livro escolhido por vocês no projeto #12livrospara2021 em conjunto com a Claudia do MãeLiteratura e a  Hanna do Mundinho da Hanna.


#PRACEGOVER: Imagem com inscrições: "12 livros para 2021, Mãeliteratura, Mundinho da Hanna, Pacote Literário"


Para o desafio dos #12livrospara2021 do mês de setembro, li Menina má, que vem nos contar a história de Rhoda, uma menina de 8 anos de idade com adjetivos duros que a acompanham durante toda a história.

Sem coração, estranha, capaz de tudo, incomum, independente, agressiva, egoísta, calculista, são algumas das características que as pessoas ao redor reparam nessa garotinha aparentemente linda e indefesa.

Rhoda é extremamente meticulosa e gosta de resolver as coisas sozinha. Sua mãe menciona que até gostaria que ela fosse um pouco menos independente e nesse ponto acho importante ressaltar o quanto essa mãe se sente impotente diante da filha.

A menina participa de um concurso na escola, pois quer muito a medalha de melhor caligrafia. Quando não a consegue, persegue o ganhador até as últimas consequências.

A princípio, sua mãe não consegue elaborar o que aconteceu. Mas algumas contradições entre a versão contada pela menina e fatos que sua mãe descobre fazem com que ela desconfie que a filha seja responsável por aquela morte (e não apenas por ela!).

Uma visita ao passado faz com que essa mãe fique cada vez mais desesperada e em dúvida a respeito da índole da filha e o impacto de cada detalhe desvendado reverberava em mim. Pude sentir junto a dor dessa mãe.

Com uma escrita que começa lenta e fica extremamente fluida por volta de 30% do livro, o autor nos coloca muito próximos dessa criança psicopata, em uma história complexa, densa e chocante.

E, afinal de contas, pode uma pessoa nascer com tais traços? A psicopatia é algo que pode ser herdado? Ou é apenas influência do meio em que se vive?

Achei bem interessante a forma como o autor planejou toda a história, que me prendeu bastante e, para mim, teve reviravoltas inimagináveis.

Willian March publicou outros livros, mas esse foi o mais famoso deles. Porém, sequer chegou a comemorar esse sucesso, já que morreu logo após o seu lançamento.

The Bad Seed, traduzido para o português como "A Tara Maldita" (título que recebe inúmeras críticas), foi a adaptação do livro ao cinema e teve 4 indicações ao Oscar e 2 ao Globo de Ouro.

Esse clássico do terror, escrito em 1954, influenciou a criação de alguns dos mais famosos personagens de horror em livros e filmes.

E você, curte esse tipo de leitura? Tem outros livros sobre crianças psicopatas para me indicar?

Passem nos blogs das queridas Hanna, do Mundinho da Hanna e Cláudia do Mãeliteratura para ver suas indicações!

#pracegover A capa do livro é um grande rosto de boneca, com um pequeno rasgo, mostrando algo diferente por dentro. Não tem inscrições de título, nem nome do autor na frente, apenas na lombada.


#PRACEGOVER: Caricatura da Karla com
escrito "Matéria de Karla Samira"



2 comentários:

  1. Não li este livro, Karlinha, mas fiquei curiosa
    Tenho para indicar o livro Precisamos falar sobre Kevin, que é da mesma temática
    Beijos e até o mês que vem
    Clauo

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  2. Oi Karlinha, e gostei bastante da resenha. Já tinha visto esse livro em alguns momentos, mas ainda não tive oportunidade de ler. É realmente uma leitura forte e que dá medo, mas ainda gostaria de conferir um dia.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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