#PRACEGOVER: Capa do livro |
Organizador: Abrão Slavutzky
Editora: AGE
Ano: 2003
Páginas: 152
Minha classificação: 5/5
Sinopse: Esta é uma obra conjunta de intelectuais e pensadores judeus brasileiros cujo tema é uma reflexão atualizada sobre os eventos ocorridos há 60 anos no Gueto de Varsóvia. Organizada pelo psicanalista Abrão Slavutzky, a obra traz ainda contibuições de Alberto Dines, Cintia Moscovich, Renato Mezan, Jacques A. Wainberg, Márcio Seligmann-Silva, Moacyr Scliar, Voltaire Schilling e Isaac Starosta.
O livro tem um duplo objetivo - prover a nova geração de uma obra capaz de historiar e propiciar a reflexão sobre o significado da revolta dos judeus no Gueto de Varsóvia, durante o período do domínio nazista na polônia; homenagear o 60º aniversário da revolta comandada por Mordechai Anielewicz.
Eventos trágicos como o acontecido no gueto judeu de Varsóvia permitem que se faça conexões importantes sobre a miséria e o heroísmo, demandando de todos nós instantes de séria reflexão sobre o estado das relações humanas nos dias de hoje.
Olá leitores!
Hoje venho lhes contar sobre O dever da memória, de organização de Abrão Slavutzky, publicado pela Editora AGE.
Quando eu ouço falar de Segunda Guerra Mundial, duas coisas vêm imediatamente à minha cabeça: Alemanha Nazista e Auschwitz, e esse conceito era superficial para mim.
Depois que eu comecei a ler histórias, em sua maioria ficção, comecei a me aprofundar mais e descobrir mais informações sobre o tema.
Foi numa entrevista da Berta Loran, no programa do Jô, que eu conheci sobre a Rua Milá, em Varsóvia, assisti ao programa e fui correndo procurar livros sobre o tema.
Cheguei em: O dever da Memória, um relato histórico sobre o Levante do Gueto de Varsóvia.
A Polônia que, a princípio era aliada do governo de Hitler, foi o país que mais sofreu durante a Segunda Guerra. O país teve a população praticamente dizimada e ninguém sabe direito como que isso começou.
#PRACEGOVER: Livro sobre páginas antigas de jornal. |
Existem filmes, como o Pianista, que trazem um pouco sobre o que foi o Gueto de Varsóvia, resumidamente: delimitaram a cidade com muros e os judeus foram colocados ali. É claro que isso foi feito sem nenhum planejamento, simplesmente jogaram as pessoas ali dentro, e, à medida que a guerra ia avançando, tiravam pessoas de outras cidades polonesas e colocavam ali. Apartamentos que cabiam 4 pessoas passaram a acomodar 15, e esse era só o começo.
O levante do Gueto, é a sensacional história de um grupo heterogêneo de pessoas: homens, mulheres, crianças que lutaram bravamente contra os nazistas.
Eles não tinham a menor chance quando construíram a barricada na Rua Milá, 18, mas fizeram mesmo assim, numa demonstração clara e histórica de que: diante da morte eminente, eles escolheram como e quando morrer, resistindo e lutando, sobrevivendo à fome, ao frio, intimidando o inimigo muito mais forte e poderoso.
Há quem diga que eles fracassaram, já a maioria das pessoas enxerga que eles foram vitoriosos, afinal numa guerra tão incoerente e desigual, a morte era o menor dos problemas.
Se engana quem pensa que, por ser um relato histórico, o livro seja maçante. Com a escrita fluida, o autor procura mesclar os fatos, diários e informações coletadas em pesquisas, com sobreviventes e em artigos da época.
Embora simples, a edição é bonita e traz mapas e fotos para enriquecer o conteúdo do relato.
Eu visitei Varsóvia em 2016, e me surpreendi, sempre tive a ideia de que Auschwitz não era lugar de turismo (e ainda penso assim). Mas Varsóvia é um soco na boca do estômago em cada esquina, a cidade traz cicatrizes onde eram os muros do gueto.
Atualmente shoppings e prédios de multinacionais dividem espaço com muros bombardeados, com a lembrança de um passado recente que não pode e não deve ser esquecido, para que jamais seja repetido.
E você, curtem esse tipo de leitura? Gostam de relatos de guerra? Me contem nos comentários.
Até a próxima!
#PRACEGOVER: A capa do livro tem fundo verde, título e nome do organizador acima e fotos do monumento e de pessoas centralizadas.
Oii Helô, parece ser um livro muito bom, a maioria dos livros da Segunda Guerra Mundial, que leio, apresentam esses guetos, as pessoas geralmente foram levadas para os guetos, trabalhos forçados, muita fome, doenças e algumas mortes, as pessoas eram selecionada então para irem para os campos de concentração. Os guetos eram lugares horríveis, nem me imagino visitando em algum dia. Me sinto forte para ler as obras desse período, mas ver com os próprios olhos tão de perto provavelmente me faria entrar em depressão ou vomitar. É tão cruel essa parte da história, as vezes fico contente por estar distante dos campos de concentração, distante daquela época.
ResponderExcluirE caramba, não acredito que o bairro que foi um gueto hoje em dia é como qualquer outro lugar, com comércios e tudo mais, chocante.
Jardim de Palavras
Oi Helô e Karlinha
ResponderExcluirEu amo livro sobre o holocausto e eles sempre me interessam.
Fiquei bem curiosa para ler este também.
Ótimo post
Fico pensando nestes lugares, gostaria de conhecer, embora também ache triste este tipo de visita
Bjs
Clauo