12 de fevereiro de 2019

[Resenha] Libertada

LIBERTADA
Autora: Michelle Knight
Editora: Fontanar
Ano: 2014
Páginas: 192
Classificação: 5/5


Sinopse: Como Michelle Knight, uma jovem mantida em cativeiro durante uma década, conseguiu superar o passado?
Um relato comovente sobre como não perder a esperança e seguir em frente.
“No dia em que desapareci em 2002, pouca gente pareceu notar. Eu tinha 21 anos, era umajovem mãe que havia parado numa loja de conveniência, uma tarde, para pedir informações. Durante os 11 anos seguintes, fiquei trancafiada no inferno. Essa é a parte da minha história que talvez você já conheça. Há muito mais coisas que você não sabe.”
Michelle Knight foi raptada em 2002 por um motorista de ônibus escolar de Cleveland chamado Ariel Castro. Por mais de uma década, ela sofreu torturas inimagináveis nas mãos de seu sequestrador. Em 2003, Amanda Berry juntou-se a ela no cativeiro, seguida por Gina DeJesus em 2004. A fuga das três, em 6 de maio de 2013, foi notícia ao redor do mundo. Milhões de pessoas comovidas agora se perguntam: o que realmente aconteceu naquela casa, e como Michelle encontrou forças para sobreviver?
Mal saída de sua própria infância problemática, Michelle estava afastada da família e lutando para reaver a guarda do filho quando desapareceu. A polícia acreditava que ela havia fugido, por isso retirou seu nome da lista de pessoas desaparecidas 15 meses após o seu sumiço. Castro a atormentava com isso, lembrando que ninguém procurava por ela, que o mundo lá fora a esquecera. Mas Michelle não se deixava abater.
Comovente, chocante, e por fim triunfante, Libertada revela os detalhes da história de Michelle, incluindo os pensamentos e orações que a ajudaram a encontrar coragem para suportar suas inimagináveis circunstâncias e construir, a partir de agora, uma vida que valha a pena ser vivida. Ao compartilhar seu passado e seus esforços para criar um futuro, Michelle se torna a voz dos que não têm voz, e um poderoso símbolo de esperança para milhares de crianças e jovens que desaparecem todo ano.


Olá, pessoal do Pacote! Tudo bem? Como vocês sabem, gosto muito de livros que trazem relatos reais de como pessoas comuns venceram psicopatas, raptores e criminosos em geral e sobreviveram para contar a história.

Por indicação de uma amiga que entende o meu gosto por essas leituras, comecei a ler "Libertada" e, é com o coração na mão que venho contar para vocês um pouco do que Michelle enfrentou com Ariel Castro, seu raptor!

Nas primeiras páginas do livro, Michelle nos conta sobre sua infância e fala como sua vida sempre foi excepcionalmente difícil! Muito pobre e com pais que não tinham qualquer estrutura psicológica, ela sofreu inúmeros abusos e sempre teve que se preocupar com seus irmãos menores.

Na escola também não era fácil. Tendo em vista os reflexos daquela completa confusão emocional de casa, Michelle estava longe de ser uma boa aluna, pois faltava a muitas aulas e tinha nítida dificuldade em acompanhar o desenvolvimento dos demais alunos.

Várias omissões e escolhas erradas de seus pais a levaram às circunstâncias fáticas e emocionais que resultaram em seu sequestro, tema principal do livro.

Aos 21 anos, após aceitar uma carona de uma pessoa que lhe era de confiança, Michelle foi sequestrada.

Levada para o cativeiro, Michelle passou a ser espancada. Foi privada de alimento, banho, sono, integridade física, em fim, sua dignidade foi literalmente para o ralo.

Ariel Castro, raptor de Michelle, tinha uma personalidade muito complexa e, assim, a maldade sobressaía em todas as suas ações.

Além de destruir a autora fisicamente, falava o tempo todo com ela que ninguém a procurava, ou seja, minava a esperança dela com esses e diversos outros ataques psicológicos.

"Ele não apenas me estuprou do mesmo jeito que fizera no andar de cima, mas assassinou meu coração”

Algumas vezes, o ousado sequestrador recebia visitas em casa. Eu imaginei como era aquele momento para as raptadas: se fizessem algum barulho, dessem algum sinal, poderiam ser salvas. Mas e se as visitas não entendessem os acenos? Isso lhes custaria a vida!

Em vários pontos, Michelle menciona que os fatos que se seguiram são muito cruéis para se contar e eu pensava a cada página: O que diabos pode ser ainda mais grave que ser torturada física, sexual e psicologicamente?

Para piorar, Ariel sequestrou outras duas mulheres e as manteve no cativeiro junto dela. As três foram abusadas de todas as maneiras que se pode imaginar.

As outras duas mulheres sequestradas também lançaram um livro com os detalhes dos abusos que sofreram. "Hope: A Memoir of Survival in Cleveland", título em inglês, ganhou tradução no Brasil. Com o nome de "Esperança: Dez anos de cativeiro: um relato de superação em Cleveland", Amanda e Gina revelam todo o sadismo com o qual foram tratadas e como conseguiram se libertar desse psicopata!

O livro é narrado em primeira pessoa pela própria Michelle, que enfrenta sofrimento a todo tempo.

São muitas as partes complicadas de se ler. Fiquei embargada muitas vezes, cheguei a chorar diversas vezes e o meu estômago revirou muito em diversas passagens.

Michelle foi uma guerreira incansável que, contra tudo e contra todos, conseguiu sobreviver ao mais absoluto caos a que se pode submeter um ser humano. Por 10 anos, ela aguentou e conseguiu "não morrer".

"Como é maravilhoso ver a luz do sol entrando pela janela? Como é bom andar por aí sem uma corrente pesada presa ao punho ou ao tornozelo? É incrível."

Baseado no livro, foi lançado o filme "Sequestros em Cleveland", para quem tiver estômago para assistir!

Após tudo isso, escreveu o livro, que se tornou um dos que mais me marcou em toda a minha vida.

Recomendo a quem curte esse tipo de leitura.


Essa leitura faz parte do desafio #12livrospara2019 e também do Projeto #leiamulheres, já explicados aqui no blog.

E você, já leu este livro ou outros do mesmo tema? O que achou? Conte-nos nos comentários!












3 comentários:

  1. Assim como você, este foi um dos livros mais marcantes da minha vida. Depois de ler o livro, vi o filme e assisti a várias entrevistas dela. Apesar de todas as sequelas físicas e emocionais, Michelle é um grande exemplo de superação!

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  2. Oi Karlinha, eu não conheço esse livro, mas achei super interessante. Vou procurar depois o filme para conferir também.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna

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  3. Assistir o filme na netflix, e nossa meu coração tá numa dor. Coitada quanto sofreu e o que mais me deixou feliz foi ela nunca perder as esperanças e quando isso vinha acontecer ela se redobrava de forças e ânimo e continuava a levar um dia após o outro. Saber agora que li sua sinopse que tiraram o nome dela dos desaparecidos so por deduzirem que ela fugiu é o cúmulo, não importa o estilo de vida que a pessoa leve ou como é o caráter da pessoa todas merecem atenção e se tivessem mesmo pensando que ela fugiu, se tivessem investigado, procurado por filmagens e tals teriam conseguido achar rastros dela mas ela ficou tantos anos sofrendo por que muitos e até mesma a policia não se importam, ainda mais por sermos mulheres. Saber o que ela sofreu ainda tão inocente da maldade do mundo e por pessoas que deveriam protege-la pessoas que achamos que podemos confiar, nos faz abrir os olhos que nem quem esta ao nosso lado e de confiança e nao sabemos quem verdadeiramente esta debaixo de nosso nariz convivendo dia a dia com nosco. E quando a família que adotou o filho dela disse ao investigador que não queria que ela tivesse nenhum contato com o filho dela que ele nao fosse envolvido em nada, a decisão é dele pois ele tem uma mãe apesar de que nem teve concordância de adoção nenhuma e nao foi ela que foi lá e disde me sequestra e nem fugiu, eka não apareceu na audiência não foi por culpa dela aliás fez o que pide para estar lá ate em acreditar e confiar em quem pensou que podia.Segurando as lágrimas, pois é muito difícil saber que isto aconteceu, que isto acontece ate nos dias de hoje pessoas com tal maldade no coração para sequestrar e acabar com a vida de alguém assim. Graças a Deus sairam vivas de lá, com marcas que vai ficar para sempre mas que bom que Deus as livrou de lá eu acredito que foi as mãos de Deus que as salvou de lá e continue dando forças para essas guerreiras e muitas outras.

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