24 de fevereiro de 2017

[Resenha] Alice no País das Armadilhas


ALICE NO PAÍS DAS ARMADILHAS #1
Autor: Mainak Dhar
Editora: Única
Ano: 2015
Páginas: 256

Livro em parceria com a Editora


Sinopse: O planeta Terra foi devastado por um ataque nuclear, e boa parte de sua população se transformou em Mordedores, mortos-vivos que se alimentam de sangue e, com sua mordida, fazem dos humanos seres como eles.Alice é uma jovem humana de 15 anos que mora no País das Armadilhas, nos arredores da cidade que um dia foi Nova Déli, na Índia. Ela nasceu nessa nova realidade aterrorizante e teve de aprender a se defender sozinha desde cedo.As coisas mudam quando Alice decide seguir um Mordedor por um buraco no chão: ela descobre a estarrecedora verdade por trás da origem das criaturas e se dá conta da profecia que ela mesma está destinada a consumar — uma profecia que se baseia nos restos chamuscados do último livro encontrado no País das Armadilhas, uma obra chamada Alice no País das Maravilhas .Uma mistura incomum de mitos, teorias conspiratórias e Lewis Caroll, Alice no País das Armadilhas pode parecer mais uma história de zumbi, mas é uma metáfora instigante de como tendemos a demonizar aquilo que não compreendemos.



Oiee... e cá estamos com mais uma resenha, dessa vez vou falar do livro "Alice no País das Armadilhas", de Mainak Dhar.

A princípio quando comecei a história, achei que se tratava de uma releitura do clássico Alice no País das Maravilhas, mas não é bem assim, fui surpreendida.




Alice vive em um mundo destruído, um mundo que não lembra em nada o que era antes da Insurreição. Humanos e Mordedores convivem em guerra, uma guerra pela sobrevivência.

O País da Armadilhas, em Nova Déli, após um grande ataque nuclear, vive de medo e guerra. Boa parte da população ficou "doente", tornando-se um Mordedor. Nem morto e nem humano, os Mordedores alimentam-se de sangue e deixam infestados aqueles que são mordidos.

Alice, com 15 anos, não conheceu o mundo como era antes, de personalidade forte, foi criada para ser uma lutadora e uma matadora, ou seja, uma sobrevivente.




Um dia após perseguir um Mordedor, Alice cai em uma toca de coelho e descobre que nem tudo é o que parece.


"Alice segurou no braço dele, percebendo que quando tudo parece perdido, a ajuda surge de onde menos se espera."

Com direito a uma Rainha dos Mordedores, um coelho e um chapeleiro, o livro traz muitos questionamentos e faz refletir diante de várias questões muito atuais.




Já deu pra perceber que trata-se de uma obra de fantasia com uma boa pegada distópica e, com isso a crítica política e social é muito forte no decorrer da história. 

É interessante saber o porquê do mundo estar nessas condições, as consequências pela sede de domínio. Ao mesmo tempo, o livro consegue também, demonstrar que não devemos julgar pelas aparências. Por muitas vezes criamos "monstros", onde eles não existem. O pré julgamento não é legal.


"Você já presenciou muito mais morte e crueldade do que gostaria para uma filha minha, porém a coisa mais vil que há neste mundo é o que um homem pode fazer com outro."

O final é fantástico, mas achei um pouco corrido. Alguns pontos achei que o autor deixou um pouco cansativo, mas também não foi nada assim de estragar. 

Outro ponto, o começo lembra tanto o clássico, mas é só por ai, o resto toma um rumo totalmente diferente, por isso não comece o livro esperando encontrar uma releitura tão fiel ao original.

Confesso que não foi uma leitura favorita para mim, apesar do pontos fortes, mas foi agradável e instigante. E a capa está linda demais, foi o que primeiro chamou minha atenção.

Vale muito para reflexão!




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3 comentários:

  1. Eu gosto muito de distopias e achei que essa com a história da Alice no meio deve ser muito legal. Vou ler!

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  2. Juro que tinha outra expectativa em relação a esse livro, mas gostei do que você falou. Vou tentar ler o mais breve.

    bjks

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  3. Linda a capa do livro e esse marcador de perninhas muito foto! Eu não gosto tanto dessa pegada de fantasia, mas achei a história bem interessante.

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