15 de setembro de 2020

[Resenha da Dani] O pacto de Três Graces


#PRACEGOVER: Capa do livro
Autora: Tessa Gratton
Editora: Plataforma 21
Ano: 2020
Páginas: 376
Minha classificação: 4/5 

Sinopse: Há muito tempo, a bruxa mais nova do clã Grace apaixonou-se pelo antigo deus da floresta. Ela e suas irmãs mais velhas mudaram-se para os arredores daquele lugar que parecia abençoado por causa dessa paixão. Em busca de prosperidade e bom agouro para o vilarejo que nascia, as três bruxas precisaram selar um pacto demoníaco.
A cada sete anos, um rapaz virtuoso e de bom coração seria oferecido em sacrifício à Floresta do Demônio. Esse ritual tem início quando a Árvore de Osso sangra no coração da floresta. Logo em seguida vem a Lua do Abate e o jovem escolhido torna-se santo. E corre mata adentro para nunca mais sair.
Mas algo parece ter afetado esse pacto que há mais de duzentos anos rege o destino dos habitantes de Três Graces. O santo precisará ser sacrificado antes da hora. Esse fato está afligindo os amigos Rhun Sayer, Arthur Couch e Mairwen Grace. Mair, a última descente das bruxas que fundaram o vilarejo, fará de tudo para quebrar a tradição e mudar o provável destino daqueles que ama.
Em meio ao caos e maus presságios, os três serão capazes de derrotar o demônio?


“Ninguém é capaz de dizer quem você é, a não ser você. Não importa o que os outros queiram que nós sejamos. Nós é que escolhemos. Nós é que decidimos.” 

Hei, leitores! A resenha de hoje é daquelas histórias que são perfeitas pra serem contadas depois da meia noite; cheia de bruxas e demônios. O livro, publicado pela editora Plataforma 21, chegou até mim por indicação da nossa resenhista maravilhosa Karla, que conhece meu amor por fantasia.

O vale das Três Graces é um lugar perfeito. Lá ninguém fica doente, as feridas se curam muito mais rápido, a colheita é sempre farta e a morte só vem para aqueles de idade avançada. Ou será que não? 

Para que o vale continue próspero, a cada sete anos um jovem deve ser escolhido para se tornar o santo e correr pela floresta do demônio durante uma noite completa. As bruxas do clã Graces são responsáveis por ungir e preparar o eleito, pois este pacto se deu quando uma de suas ancestrais, a terceira das três irmãs, ousou entrar na floresta e encarar o que lá havia. O demônio, encantado com a bruxa, jurou abençoar o vale se ela se casasse com ele, e os habitantes mostrassem sua coragem enviando seus jovens.

Apesar dos santos por vezes nunca mais voltarem, para a maioria dos homens do vale é uma honra se sacrificar por sua família e amigos. Rhun Sayer sempre pensou assim. Ele já viu muitos, incluindo gente de sua família, irem para a floresta e não retornarem mais. Ainda assim, para ele, dar sua vida em troca de um vale inteiro feliz e próspero não parece tão injusto. Rhun só se permite um desejo egoísta antes de cumprir seu destino: viver ao lado de seu amor. 

Arthur Couch, por outro lado, desconfia muito deste tal pacto. Seu maior desejo é ser escolhido para enfrentar de vez o demônio e provar para todos que ele é capaz; diferente do que sua mãe sempre disse e seu pai nunca fez questão de contradizer.

#PRACEGOVER: Fundo de páginas de livros antigos, livros na vertical, flores cor de rosa, o celular com a capa do livro, um toquinho de madeira com uma vela (em formato de flor) acesa, um amuleto em formato de ampulheta.



Mairwen Grace, sempre foi uma bruxinha diferente das outras. A escuridão da floresta sombria sempre a encantou. Sua mãe diz que isto é por ela ser filha de bruxa e santo. Há 17 anos, antes de Mairwen nascer, seu pai foi escolhido, mas infelizmente, nunca mais voltou e ela nunca pôde conhecê-lo. Mairwen ainda acha que não é só isso, mas segue ouvindo os conselhos de sua mãe e se mantém afastada o quanto consegue da terrível floresta. Além disto, outras coisas a preocupam no momento. Como um cavalo doente, plantações morrendo... faltam ainda 4 anos para que um novo santo seja escolhido. O que será que deu errado? E pior, será que ela terá que abrir mão de seu querido Rhun, anos mais cedo?

Eu gostei do livro, principalmente das discussões sobre gênero que acontecem ao longo da história. Também gostei muito do conceito de sociedade criado no vale.

Amei a melhor amiga da Mairwen, Haf; e como as relações não seguem padrões cheios de tabu, por exemplo o sexo. Pra eles é tão comum, como um carinho que você faz quando seu amigo precisa.

O mais incrível para mim foi que a autora tratou isso de forma tão natural que ficou convincente. A história, confesso que não foi uma das melhores e também achei o desenvolvimento meio confuso, mas vale a pena. Ah, e não é terror. Têm alguns mistérios, mas nada pesado.

E aí, curtiram? Contem pra mim aí!

#PRACEGOVER: A capa do livro tem fundo escuro e um caminho de árvores secas, com uma árvore seca ao meio em destaque. O título centralizado e abaixo o nome da autora.


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"Matéria de Dani Postado por Karla Samira"



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