[#12livrospara2022] Um teto todo seu

   

#PRACEGOVER Foto do livro, que tem fundo roxo com desenho de uma mesa, cadeira, máquina de escrever, nome da autora acima e título abaixo.

Sinopse: Neste ensaio, repleto de referências históricas, Virginia Woolf analisa a participação da mulher na literatura, mencionando consagradas autoras do século 19, como Jane Austen, e mostra o quanto as limitações financeiras e sociais impedem a expressão intelectual feminina. Muito à frente de seu tempo, a escritora abraça a causa feminista antes mesmo que esse movimento surgisse, décadas depois, e encoraja gerações posteriores a assumirem o protagonismo em suas vidas.

Oi, oi gente!

Hoje é dia de lhes contar sobre a leitura de Um teto todo seu, da Virgínia Woolf, lido no mês de março para o desafio dos #12livrospara2022 , que é realizado em parceria com as queridas @mundinhodahanna e @maeliteratura

Esta é minha primeira experiência com a escrita dessa autora e foi colocado em minha lista de leitura após indicação da Mell do @blogliteraturese

É um livro bastante diferente, por vários motivos.

Primeiramente, pela temática abordada. Apesar de perceber como foi (e ainda é) difícil para uma mulher ser devidamente reconhecida pelo seu trabalho como escritora, ainda não tinha lido nenhum livro que retratasse isso.

E a autora fala sobre isso em uma época em que ninguém tinha coragem e, ao mesmo tempo, tínhamos muito mais mulheres fantásticas cujos textos eram publicados sob pseudônimos masculinos ou, ainda, com nome de seu pai, irmão ou marido.

Também é notável a escrita da autora, feita em forma de ensaios, ou seja, um texto livre em que o escritor se esmera para levar o leitor de um ponto ao outro de seu pensamento.

E aqui dá super certo, pois, de fato, conseguimos acompanhar o raciocínio e compreender porque a falta de mercado para escritoras está diretamente relacionada com a problemática do machismo como estrutura de sociedade.

E, assim, podemos aplicar o mesmo pensamento para refletir sobre diversos outros pontos em que as mulheres não conseguiam (e às vezes ainda não conseguem) chegar.

Foi muito importante essa leitura, escrita há tempos e que consegue provocar reflexões atualíssimas, despir a hipocrisia e revelar o cerne de diversas questões de gênero que ainda permanecemos enfrentando.

A minha edição é da Editora La Fonte, tem páginas claras e a fonte é ok.  Na revisão, percebi que deixaram passar alguns erros que me pareceram de digitação ou de tradução, mas nada que atrapalhasse o entendimento.

A julgar por esse livro, a autora tem grandes chances de entrar para as minhas favoritas! Em breve, lerei Mrs. Dalloway e trarei minhas impressões para vocês!

E você, já leu alguma coisa da Virgínia Woolf? Me conta nos comentários...

Ah, e não deixe de passar nos blogs da Hanna e da Clauo para ver suas escolhas e resenhas desse mês! Estão imperdíveis!

Mundinho da Hanna

Mãeliteratura

#PRACEGOVER: Caricatura da Karla com
escrito "Matéria de Karla Samira"