28 de fevereiro de 2019

DESAFIO: 12 livros, 12 países, 12 receitas


Olá, leitores queridos!

O post de hoje é o primeiro de mais um desafio delicioso do qual o Pacote Literário decidiu participar, juntamente com o Blog Mãe Literatura e a amiga Claudia Vasconcelos!

Pretendo alinhar com o Desafio volta ao mundo, pois nesse também a ideia é inovar as leituras com autores de 12 nacionalidades diferentes.

Só que, além disso, devemos fazer uma receita do país onde o autor nasceu!

No mês de fevereiro, o livro escolhido foi de um autor da Índia.



O LIVRO:




A REVOLUÇÃO DOS BICHOS
Autor (a): George Orwell
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2007 (dessa edição)
Páginas: 152
Classificação: 4,5/5


Sinopse: Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século 20, 'A Revolução dos Bichos' é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos. Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.

De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stalin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética. Com o acirramento da Guerra Fria, a obra passou a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell repetiria o mesmo gesto anos mais tarde com seu outro romance 1984, finalizado-o às pressas à beira da morte para que o mesmo service de alerta ao ocidente sobre o horrores do totalitarismo comunista.

É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens. Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações, A revolução dos bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo.


Resenha

O livro nos conta a história da Granja Solar, uma Fazenda onde os animais se revoltam por acreditarem que trabalham demais e são reprimidos, recebem baixas recompensas, pouca quantidade de comida e que são explorados.

Assim, os bichos se reúnem e programam uma verdadeira revolução.

Definem um grito de guerra, um hino para entoarem sobre os bichos da Inglaterra e planejam a tomada da Fazenda pelos animais.

O modo como tudo acontece é muito interessante e relembra as fábulas infantis. Mas na verdade, estamos diante de um gigante da escrita que leva o leitor a caminhos simples (no modo que os animais têm de fazer suas exigências e atividades), mas conduz a reflexões profundas (comportamento de massa, livre convencimento, etc).

A personalidade de cada animal também é muito bem definida, de forma que, a cada atitude, demonstram medo, folga, suspeição, traição, alegria, dentro de jogos de poder fortemente propostos pelo autor.

Algumas partes do livro me deram aperto no estômago, pois pude ver como os animais se parecem com os humanos no que tange à briga pelo poder.

Conforme consta na sinopse do livro, "De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens." Ou seja, a semelhança entre os humanos e os animais impressiona.

O livro é uma alusão à Segunda Guerra Mundial, traz uma sátira à ditadura stalinista e trouxe imenso desconforto na época em que foi lançado.

A história é extremamente chocante e, a meu ver, é uma leitura muito necessária para que se possa aproveitar as críticas aos sistemas políticos e sociais que temos atualmente mas, sobretudo, para provocar a autocrítica sobre "o poder pelo poder".

Indico a quem goste de História e de livros de crítica ao sistema em que vivemos.


A RECEITA:

A receita escolhida para esse mês foi o Chapati, um pão indiano muito consumido na Índia.

Peguei a receita aqui no canal Gastronomismo.


A receita é super simples de fazer. Fiz exatamente como ela menciona no vídeo e deu super certo. O pão fica gostosinho e eu aproveitei para saborear com ele geleia artesanal de manga com pimentas amareles e caponata de berinjela, uma delícia!


Para ver as escolhas de país, receita e livro da Clauo, é só entrar no blog Mãe Literatura, cujo link está acima!

Cláudia Vasconcelos, a Cau, escolheu Inglaterra, o livro foi Vozes no Verão e o prato foi scones, uma espécie de bolinho tipicamente inglês que acompanha o chá das 5!


Comentários da Cau: "Segundo mês do desafio #12livros12paises12receitas, Para fevereiro, escolhi Inglaterra. A autora do mês foi Rosamunde Pilcher (já li vários livros dela). O livro escolhido foi Vozes no Verão. A história se passa na Cornualha, lugar de nascimento da autora, e fala de uma mulher recém-casada, insegura, que vai passar um tempo na casa dos parentes do marido para se recuperar de uma cirurgia e é atormentada por uma carta anônima acusando-a de adultério. Leve, bom pra passar o tempo, como sempre são os livros dela.

Escolhi preparar Scones, típicos bolinhos presentes nos chás na Inglaterra. Ficaram uma delícia!! Super fáceis e rápidos de fazer. E ficam ainda melhores acompanhados de geleia e um bom chá inglês. Aprovadíssimos!"

E aí? Você já leu os livros mencionados ou já fez alguma dessas receitas? Ficou com água na boca? Me conte nos comentários!

Até o próximo mês!!!











3 comentários:

  1. Amando o desafio :D

    https://www.submersaempalavras.com/

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    Respostas
    1. Oi Monyque! Obrigada por seu comentário! Quem sabe você não se anima e vem participar conosco!? Beijos!

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  2. Oi Karlinha, que projeto mais legal! Achei super interessante vocês buscarem receitas de países que nem imaginamos em comer algo de lá algum dia. E a receita que escolheu parece simples de fazer, e com um resultado bem legal. Eu conheço o livro que você escolheu. Comecei a ler, mas não fui adiante. Acho que não era meu momento de ler. No entanto, ele tá aqui guardadinho, esperando uma segunda chance... rs
    Bjks!

    Mundinho da Hanna

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