7 de março de 2025

Resenha: O navio da morte

 



Bora falar sobre livros?

Hoje é dia de lhes contar sobre a minha leitura de "O navio da morte", publicado pela @editora7letras que recebi em parceria com a @oasyscultural

Aqui conhecemos Gales, um marujo esquecido em um porto da Antuérpia após a Primeira Guerra. Ocorre que ele está sem seus documentos e, em primeira pessoa - quase em formato de fluxo de consciência - nos conta essa história repleta de detalhes sobre como era a vida naquela época, as agruras e desejos.

Então, Gales embarca no "navio da morte", não sem antes rodar de um lado para o outro na tentativa de regularizar sua condição para trabalhar e viajar - já que perdeu seus documentos.

E assim, acompanhamos as aventuras desse moço um tanto azarado e com um humor ácido, que flerta com preocupantes perigos e me fez rir e me emocionar durante a leitura.

Para mim, a dureza das coisas pelas quais o marinheiro passa se assemelha à dureza de nosso próprio cotidiano e, assim, o autor faz uma metáfora interessantíssima da diferença de classes, da importância de cada um de nós e das nossas necessidades - físicas, emocionais, existenciais - tão humanas.

O final é inesperadamente trágico, sem perder o tom irônico que permeia todo o livro, o que ressalta ainda mais o talento do escritor.

Escrito em 1926, no meu modo de ver, a obra é atemporal, clássica e necessária para basear infindáveis discussões sobre a temática de privilégios e lutas de classes, presentes até hoje em nossa sociedade.

Assim, recomendo muito!

E aí, curtiu a resenha? Ficou com vontade de ler? Costuma ler obras clássicas? Me conta aqui embaixo.




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