Sinopse: Certa noite, num supermercado de um bairro rico, Emira Tucker, uma jovem negra que trabalha como babá, é abordada por um segurança que a acusa de ter sequestrado Briar, a garotinha branca que está com ela. Uma pequena multidão se reúne, alguém faz um vídeo da situação e a comoção só termina quando o pai da criança aparece.
Alix, a mãe de Briar, fica chocada com o ocorrido. Bem-sucedida e dona de uma marca envolvida na luta pelo empoderamento feminino, ela decide que Emira merece justiça e resolve fazer de tudo para que isso aconteça.
A própria Emira, porém, só quer deixar a história para trás. Aos 25 anos, trabalhando sem carteira assinada e prestes a perder o seguro-saúde, ela está às voltas com os desafios da vida adulta e a última coisa que quer é ser exposta pela divulgação dessas imagens.
Mas, quando uma parte do passado de Alix vem à tona, ela e Emira são confrontadas com verdades que podem mudar para sempre o que elas pensam uma sobre a outra e sobre si mesmas.
Um romance essencial para os tempos atuais, Na corda bamba fala sobre como o racismo e o privilégio afetam as relações interpessoais no dia a dia. Com uma narrativa vibrante e provocativa, é também uma reflexão sobre como a necessidade de “fazer a coisa certa” pode nos colocar, às vezes irreversivelmente, no caminho errado.
Oi, oi gente!
Dia 12 é dia do post do desafio dos #12livrospara2022 que a gente tanto ama produzir e é realizado em parceria com as queridas Hanna, do Mundinho da Hanna e Clauo, do Mãeliteratura.
Para NOVEMBRO, o tema do nosso desafio foi "yang adult" e escolhi "Na corda bamba" para cumpri-lo.
"Eu só acho que vai ser melhor se cada um seguir o seu caminho e... se esses caminhos não se cruzarem nunca mais."
Emira é uma jovem negra que trabalha como babá na casa de Alix, branca e rica. Certa noite, chama a atenção a menina branca no colo de Emira, em um supermercado, ao ponto de um dos seguranças abordá-las.
Essa história terminaria por aí, se não fosse a insistência do guarda em não acreditar que Emira era babá da menina e, claro, se não tivesse alguém filmando toda a cena.
A leitura se desenvolveu de forma ágil e instigante, entre as possibilidades desse vídeo viralizar e de Emira conseguir um novo emprego. Enquanto isso, elaborei teorias sobre cada personagem, mas falhei miseravelmente.
Uma vez decidida a não postar o vídeo na internet, Emira segue com sua vida. Seria justo desrespeitar sua vontade, para dar visibilidade à causa?
Até que ponto uma pessoa racista, que se esconde atrás do privilégio branco, pode mudar, com o passar dos anos?
Reconheço que "Na corda bamba" traz o racismo escancarado na atitude do policial.
Mas, acima de tudo, mostra o racismo estrutural, tão presente em nossa sociedade. Seja nas poucas oportunidades de emprego para a pessoa preta; ou no impacto diferente que causam as atitudes de uma pessoa preta e de uma branca; seja no olhar das demais pessoas quando um branco escolhe negros para amizades e namoro.
Não considero esse um livro fofo, não me fez suspirar, eu nem mesmo quis torcer pelo romance. Foi uma história ideal para me fazer repensar na vida, escolhas e atitudes e na forma como estou colaborando para a construção de uma sociedade mais igualitária.
Adorei a leitura e recomendo para quem curte a temática, ainda mais por estarmos no mês da consciência negra.
Ah, e não deixe de passar nos blogs da Hanna e da Clauo para ver os livros vencedores e ler as resenhas que elas fizeram.
E você, participa de algum desafio? Pretende ler algo com temática da consciência negra esse mês? Me conta aqui embaixo!
Que dica bacana, Karlinha! Não conhecia este livro e fiquei curiosa para ler. Que bom que ele trouxe uma boa reflexão. Adoro a nossa parceria nesta TAG que já está na sua reta final
ResponderExcluirOi Karlinha. Eu não conhecia esse livro, mas realmente precisa de estômago para ler, viu? Acho que mais ainda, por sabermos que, infelizmente, ainda são fatos que ocorrem nos dias de hoje, com uma frequência assustadora... =/
ResponderExcluirBjks!
Mundinho da Hanna
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