#pracegover Fundo neutro, uma boneca e kindle com a capa do livro, que traz no fundo o desenho de imóveis, à frente o nome da autora e título. |
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Oi oi!
Hoje quero contar a vocês que:
1 - dei outra chance para a autora Elena Ferrante
2 - paguei língua e gostei do livro!
Então vamos lá para as minhas impressões sobre A filha perdida, lido para o Clube Mãeliteratura
Aqui conhecemos a (aparentemente) controversa Leda, professora universitária que decide passar uns dias de férias na praia.
Leda tem a mesma mania que eu: observar como as pessoas ao redor se comportam no ambiente.
E ela se ocupa particularmente de uma família composta por muitos membros barulhentos.
Dentre eles, uma menina com sua boneca lhe traz certo incômodo e, a partir das suas ações com relação a ela, descobrimos sobre o passado de Leda, sua relação com suas filhas e outras questões mais fortes como quanto o machismo a imobilizou por muitas vezes.
O tema maternidade é uma bomba que espera para explodir durante todo o livro. A maternidade performada, colocada como a coisa mais linda e fácil do mundo é rapidamente deixada de lado.
E a autora "esfrega na cara" do leitor a maternidade real, com os julgamentos que recaem sobre a mulher, sobre o que é realmente possível esperar de cada pessoa, de cada mulher que decide (ou não decide) ser mãe, tentando dar o seu melhor e, por vezes, se perdendo.
Seus sonhos, seu emprego, sua família e, na maioria das vezes, a sanidade mental da mãe é tomada de assalto. Tudo isso para tentar corresponder às expectativas de uma sociedade que insiste em exigir de nós, mulheres e mães, algo impossível de entregar.
Karla, mas e o final? O final aberto causou estranheza a algumas pessoas, mas não pude deixar de me sentir em um filme de Almodóvar, um verdadeiro soco no estômago!
Livro super especial, forte e incômodo, que recomendo muito.
E você, já leu algo da autora? Tem vontade de ler?
#PRACEGOVER: Caricatura da Karla com escrito "Matéria de Karla Samira" |
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