9 de novembro de 2020

[Resenha da Karla] Tudo o que nunca contei

 

#PRACEGOVER: Capa do livro

Autora: Celeste NG
Editora: Intrínseca
Ano: 2017
Páginas: 304
Minha classificação: 3,5/5

Sinopse: Na manhã de um dia de primavera de 1977, Lydia Lee não aparece para tomar café. Mais tarde, seu corpo é encontrado em um lago de uma cidade em que ela e sua família sino-americana nunca se adaptaram muito bem.
Quem ou o que fez com que Lydia — uma estudante promissora de 16 anos, adorada pelos pais e que com frequência podia ser ouvida conversando alegremente ao telefone — fugisse de casa e se aventurasse em um bote tarde da noite, mesmo tendo pavor de água e sem saber nadar? À medida que a polícia tenta desvendar o caso do desaparecimento, os familiares de Lydia descobrem que mal a conheciam. E a resposta surpreendente também está muito abaixo da superfície.
Conforme analisa e expõe os segredos da família Lee — os sonhos que deram lugar às decepções, as inseguranças omitidas, as traições e os arrependimentos —, Celeste Ng desenvolve um romance sobre as diversas formas com que pais, filhos e irmãos podem falhar em compreender uns aos outros e talvez até a si mesmos. Uma uma observação precisa e dolorosa do fardo que as expectativas da família representam e da necessidade de pertencimento. Um romance que explora isolamento, sucesso, questões de raça, gênero, família e identidade e permanece com o leitor bem depois de virada a última página.



Olá leitores! 

Hoje a resenha é sobre esse livro de autoria de Celeste Ng, mesma autora de Pequenos incêndios por toda parte. Ambos os livros publicados pela Editora Intrínseca.

Criei grandes expectativas pela leitura, pois amei tanto o primeiro livro quanto a adaptação dele às telas, por meio da série com mesmo nome.

O livro nos conta a história de uma família formada por um chinês que se casou com uma americana. Tiveram três filhos, sendo uma delas Lydia, em quem os pais colocam excessivas expectativas no futuro.

A mãe sonhava que tivesse uma excelente profissão e não pensasse apenas em se casar. O pai queria que ela tivesse amigos e vivesse os relacionamentos esperados para sua idade.

Certo dia, Lidya desapareceu e, após algum tempo, foi encontrada morta.

A princípio, pensei que teríamos muitas investigações sobre o caso, mas infelizmente, pouco temos de suspense, o caso anda bem devagar e não existe uma resposta contundente para as questões que permeiam a morte.

Quem matou? Como ela morreu? Por quê ela morreu?

Estudando sobre o livro, descobri que a autora é descendente de chineses e, assim, tem lugar de fala na parte em que ela retrata o preconceito, de forma muito clara e real.

O livro se desenvolve entre a relação de Lydia com todos os demais personagens, alternando períodos do presente e do passado.

Percebi que, dentro dessa família, não há qualquer diálogo, o que prejudica muito a todos e faz com que cada um viva isolado em sua solidão.

#PRACEGOVER: Fundo azul, leque e o dispositivo kindle com uma caneca com botões derramados, páginas de livros antigos com uma borboleta e uma folha de madeira.



Tive dificuldade em me envolver com os personagens e me colocar no lugar deles, talvez porque a escrita da autora seja um tanto dura demais. A única personagem que me tocou foi Hanna (a caçula), de quem tive muita pena.

A história é fundamentalmente triste, ao ponto de eu precisar de um tempo para absorver tudo o que a autora conta.

É um livro importante por retratar dois temas fortes. As consequências das expectativas extremamente altas que alguns pais colocam em seus filhos e o preconceito com pessoas de outros países.

Foi uma leitura bastante interessante até certa parte. Já chegando ao final, percebi que a autora quis fechar toda a história, mas acabaram ficando pontas soltas. Pode ter sido esse o objetivo da autora mas, definitivamente, não funcionou para mim.

Discuti o livro com 3 amigas que o leram comigo, elas tiveram uma opinião diferente, tendo gostado do livro muito mais que eu!

Recomendo a quem goste de livros com essa carga tão complexa nas relações e sentimentos. Se leram, me contem o que acharam!

#PRACEGOVER: A capa do livro tem fundo esverdeado e algumas partes que remetem a pedaços de papel com as palavras do título e o nome da autora.



#PRACEGOVER: Caricatura da Karla com
escrito "Matéria de Karla Samira"


Um comentário:

  1. Maria de Lourdes Tayt-Sohn10 de novembro de 2020 às 12:49

    Li o primeiro livro e amei, assim como a série. Este está na lista. Vamos ver o que me espera. Vc despertou em mim a vontade de tirá-lo da lista e começar logo a leitura

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