12 de junho de 2020

[Resenha da Karla] Mar da tranquilidade

#PRACEGOVER: Capa do livro

MAR DA TRANQUILIDADE

Autora: Katja Millay
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Páginas: 368
Minha classificação: 3/5

Sinopse:
 Nastya Kashnikov foi privada daquilo que mais amava e perdeu sua voz e a própria identidade. Agora, dois anos e meio depois, ela se muda para outra cidade, determinada a manter seu passado em segredo e a não deixar ninguém se aproximar.
Mas seus planos vão por água abaixo quando encontra um garoto que parece tão antissocial quanto ela. É como se Josh Bennett tivesse um campo de força ao seu redor. Ninguém se aproxima dele, e isso faz com que Nastya fique intrigada, inexplicavelmente atraída por ele.
A história de Josh não é segredo para ninguém. Todas as pessoas que ele amou foram arrancadas prematuramente de sua vida. Agora, aos 17 anos, não restou ninguém. Quando o seu nome é sinônimo de morte, é natural que todos o deixem em paz. Todos menos seu melhor amigo e Nastya, que aos poucos vai se introduzindo em todos os aspectos de sua vida.
À medida que a inegável atração entre os dois fica mais forte, Josh começa a questionar se algum dia descobrirá os segredos que Nastya esconde – ou se é isso mesmo que ele quer.
Eleito um dos melhores livros de 2013 pelo School Library Journal, Mar da Tranquilidade é uma história rica e intensa, construída de forma magistral. Seus personagens parecem saltar do papel e, assim como na vida, ninguém é o que aparenta à primeira vista. Um livro bonito e poético sobre companheirismo, amizade e o milagre das segundas chances.


Olá, leitores do Pacote Literário!

Hoje é dia 12, dia daquele desafio gostoso em conjunto com as queridas Hanna, do Mundinho da Hanna e Clauo, do MãeLiteratura, em que escolhi 12 livros para ler em 2020 e tenho cumprido a meta!

Para o mês de junho, o livro escolhido foi Mar da Tranquilidade, da Editora Arqueiro, que ganhei de uma amiga.

Me contem uma coisa: vocês já criaram muita expectativa sobre um livro e, simplesmente, se frustraram?

Pois é... curti muito a sinopse desse livro, pois adoro bons dramas. Porém, algo não deu certo para mim.

O livro nos conta a história de Nastya, uma adolescente que passou por algo muito grave há pouco mais de 2 anos. Devido ao ocorrido, ela parou de falar e foi obrigada a desistir de algo que amava: a música.

Para que não precisasse voltar à escola onde estudava, se mudou para a casa de uma tia na cidade vizinha e, ao chegar à nova escola, não se adaptou aos novos colegas (e fazia de tudo para estar longe de todos).

Ela, bem como outros colegas, algumas vezes era motivo de chacota, risadinhas e outras situações desagradáveis. A única pessoa que não passava por isso era Josh, que parecia ter certa “imunidade”. Eu o interpretei como aquele cara para quem as pessoas preferem “abrir caminho”, para se livrarem logo!

A atração entre os dois acontece, mas ambos lutam de todas as formas contra ela. O romance se desenvolve de forma muito lenta, pois os dois já carregam dramas pessoais em excesso e têm pânico de “trazer outra pessoa para seu próprio inferno”.

A história e os motivos de Josh são muito bem construídos e revelados aos poucos desde o início do livro. Já a de Nastya, parece que nunca será revelada ao leitor e isso me cansou.


#PRACEGOVER: Fundo neutro, Karla usa óculos e brincos, está de blusa branca e segura ao lado do rosto o livro Mar da tranquilidade.


Até que, um dia (faltando poucas páginas para o livro terminar), Nastya encontra a pessoa que lhe causou tanto mal no passado e, após uma conversa, luta fervorosamente consigo mesma para não perdoá-la.

Não consegui me conectar com a história desde o início. Senti empatia pelos personagens principais, mas não passou disso.

Passei todo o livro ansiosa por desvendar o mistério (e entender melhor a revolta e o ódio) de Nastya, mas encontrei uma resposta bem superficial.

É claro que os motivos da pessoa que agrediu Nastya não foram justos (pois ninguém está autorizado a causar mal a alguém!), mas sim, ela teve os seus motivos. E, no meu entendimento, era impossível ela não ter conhecimento desses motivos logo após o incidente que lhe traumatizou.

Toda a construção da história de Nastya me levou a imaginar algo muito mais complexo. Ela tinha sim motivos para sofrer como sofreu, mas não aceitei que os motivos da outra pessoa envolvida só fossem descobertos por ela no final do livro, em um evento quase 3 anos após o incidente.

A ponta solta deixada pela autora me incomodou muito.

As narrações dos capítulos (e, às vezes, no mesmo capítulo) são intercaladas entre Nastya e Josh, sempre em primeira pessoa, o que gosto muito, por achar que aproxima o leitor do personagem.

O livro tem muitos personagens secundários que tornam a trama mais interessante, como Drew, Clay, Margot e a Sra. Leighton.

A edição da Arqueiro é linda, com uma capa com dois significados possíveis. As páginas são amareladas, com boa fonte para leitura.

Tendo em vista a alta nota do Skoob, a indicação de várias pessoas e a votação no IG do Pacote, creio que aumentei muito as expectativas para a leitura e, o que é uma pena, para mim a leitura não funcionou.


Mesmo assim, recomendo a quem curte bons dramas.


#PRACEGOVER: LOGO DO PROJETO 12 LIVROS PARA
2020 COM TÍTULO E NOMES DOS PARTICIPANTES

Essa é a minha sexta leitura do ano para o desafio #12livrospara2020, que tem parceria com os blogs MãeLiteratura e Mundinho da Hanna! Passem lá para conferir os posts das parceiras para esse mês!

E vocês, já leram esse livro? Deixem nos comentários!

#PRACEGOVER: A capa do livro tem duas imagens possíveis: Um pote de sorvete derretido caído no asfalto, o sorvete derrete (no meio da página) e forma a silhueta de dois rostos (no escuro que seria o asfalto). O título e o nome da autora vêm centralizados abaixo.

#PRACEGOVER: Caricatura da Karla com
escrito "Matéria de Karla Samira"


2 comentários:

  1. Oii, não li e nem conhecia o livro. Também gosto de bons dramas, mas esse não me impressionou muito, pelos mesmo motivos que você ficou frustrada. Não gosto de Histórias desse tipo que tem motivos tão rasos pra justificar males grandes.
    Jardim de Palavras

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  2. Oi Karlinha, eu sempre fico com o pé atrás quando vejo que um livro é muito aclamado. Acabo criando expectativas demais e e por fim, me decepciono com a leitura... =/ Mas pelo menos você teve empatia pelos personagens, então não foi uma leitura de todo perdida... rs Mas ainda é frustrante lutar com o livro e não conseguir ter aquela conexão... quem sabe no próximo mês dá certo? Bjks!

    Mundinho da Hanna
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