EU ME POSSUO
Autor (a): Stella Florence
Editora: Panda Books
Ano: 2016
Páginas: 184
Classificação: 4/5
Sinopse: “O fato de eu ter me sentido atraída por você, ter ido a sua casa, ter desejado transar com você, não significa que você poderia me violentar. Desejar um homem não é o mesmo que desejar ser estuprada por ele. Você disse que tem ido ao meu bar a fim de se desculpar por alguma má impressão que tenha deixado em mim. Você não deixou uma má impressão, Gustavo. Você cometeu um crime. Talvez agora você me pergunte por que eu não te denunciei já que você é um criminoso. Naquela noite, eu dei um nó no meu vestido para disfarçar o rasgo que você fez e me limpei como pude no elevador. Fiquei perambulando pela rua meio tonta, depois entrei num táxi e fui para casa da minha avó. Fui direto para o chuveiro limpar aquilo de mim. Me senti suja, me senti culpada, me senti inferior, me senti até ruim de cama: carreguei por muito tempo acusações que serviam para você, não para mim. Minha falta de experiência me fez acreditar que a culpa era minha, que eu apertei algum botão maldito em você e que talvez sexo fosse aquele horror mesmo. Por isso eu me mantive em silêncio. Mas meu corpo gritava!”
Olá, leitores do Pacote Literário!
Hoje venho lhes falar sobre “Eu me possuo”, Editora Panda Books, um livro que me chegou de troca do Skoob e que adorei ter lido.
O tema é pesado: violência contra a mulher! Mas compreender as culpas, os motivos e a libertação da personagem principal e, principalmente, entender o seu ponto de vista, valem a leitura!
Karina é estudante de Odontologia já no final do curso e um tanto desanimada com sua vida atual. Vê um anúncio em uma rede social, se candidata para uma vaga de emprego em um bar e essa atitude provoca uma mudança radical em sua vida.
Inicialmente cheia de dúvidas, trauma e de culpa, naquele local se sente um pouco melhor. Começa a se abrir novamente para outros relacionamentos (quase sempre curtos e sem compromisso) e passa a se ver como uma mulher que faz as escolhas de sua vida.
Karina teve a experiência que a traumatizou quando tinha apenas 17 anos e, na época, não conseguiu sequer verbalizar ao agressor que aquilo que ele lhe fez foi um estupro. E, pela primeira vez, consegue sair com outras pessoas e ter momentos felizes.
A família de Karina é complicada. O machismo anula todas as vontades de sua mãe e sua irmã insiste em viver em uma eterna disputa, com direito a críticas abertas à Karina por qualquer comportamento que tenha.
Agora é a hora de falar da exceção à regra, aquela personagem fofa que dá vontade de tirar da história e trazer para casa: Vó Evelyn. Fora dos estereótipos da velhinha que acerta o prato que o neto quer comer e só ela sabe fazer, essa avó é o porto seguro de Karina. Recebe-lhe de braços abertos quando a neta precisa, oferece moradia, carinho, dinheiro e conselhos!
O livro se desenvolve muito bem, com uma escrita fluida e com capítulos curtos, entre os casos de Karina e questões administrativas e familiares.
O ponto alto da trama passa pelos dois nichos principais do livro: Karina não concorda com algumas coisas que acontecem no bar e precisa tomar uma decisão importante sobre sua continuidade naquele trabalho. Ao mesmo tempo, reaparece alguém do passado com uma proposta que a abala emocionalmente, sobretudo pela tristeza que lhe acomete ao pensar no que aconteceu.
A carta que Karina escreve ao seu estuprador é de uma força impossível de descrever e, claro, me levou às lágrimas.
Acredito que o livro queira mostrar um lado que normalmente não se mostra: a volta por cima da mulher massacrada que consegue se superar. (Embora eu não acredite que se possa juntar mais todos os pedaços após ser despedaçada como ela foi).
A edição da Editora Panda Books é linda, com a capa que remete à liberdade, páginas amareladas, fonte confortável à leitura e detalhes ao início e final de cada capítulo.
Recomendo a todos, pois é uma leitura necessária.
#PRACEGOVER: A capa do livro tem fundo azul turquesa com nomes da autora e do livro centralizados em cima. Um desenho de uma gaiola aberta com passarinhos saindo dela nas mãos de uma caricatura de mulher e pequenas flores compõem a capa.
Hoje venho lhes falar sobre “Eu me possuo”, Editora Panda Books, um livro que me chegou de troca do Skoob e que adorei ter lido.
O tema é pesado: violência contra a mulher! Mas compreender as culpas, os motivos e a libertação da personagem principal e, principalmente, entender o seu ponto de vista, valem a leitura!
Karina é estudante de Odontologia já no final do curso e um tanto desanimada com sua vida atual. Vê um anúncio em uma rede social, se candidata para uma vaga de emprego em um bar e essa atitude provoca uma mudança radical em sua vida.
Inicialmente cheia de dúvidas, trauma e de culpa, naquele local se sente um pouco melhor. Começa a se abrir novamente para outros relacionamentos (quase sempre curtos e sem compromisso) e passa a se ver como uma mulher que faz as escolhas de sua vida.
#PRACEGOVER: Fundo verde, pequenas flores brancas, um marcador do Pacote Literário, uma pequena gaiola branca na horizontal e o livro do lado direito. |
Karina teve a experiência que a traumatizou quando tinha apenas 17 anos e, na época, não conseguiu sequer verbalizar ao agressor que aquilo que ele lhe fez foi um estupro. E, pela primeira vez, consegue sair com outras pessoas e ter momentos felizes.
"E quem forjou a chave para abrir meu cativeiro foi eu. A força que hoje habita é criação minha. Eu me possuo. Ninguém mais."
A família de Karina é complicada. O machismo anula todas as vontades de sua mãe e sua irmã insiste em viver em uma eterna disputa, com direito a críticas abertas à Karina por qualquer comportamento que tenha.
Agora é a hora de falar da exceção à regra, aquela personagem fofa que dá vontade de tirar da história e trazer para casa: Vó Evelyn. Fora dos estereótipos da velhinha que acerta o prato que o neto quer comer e só ela sabe fazer, essa avó é o porto seguro de Karina. Recebe-lhe de braços abertos quando a neta precisa, oferece moradia, carinho, dinheiro e conselhos!
O livro se desenvolve muito bem, com uma escrita fluida e com capítulos curtos, entre os casos de Karina e questões administrativas e familiares.
O ponto alto da trama passa pelos dois nichos principais do livro: Karina não concorda com algumas coisas que acontecem no bar e precisa tomar uma decisão importante sobre sua continuidade naquele trabalho. Ao mesmo tempo, reaparece alguém do passado com uma proposta que a abala emocionalmente, sobretudo pela tristeza que lhe acomete ao pensar no que aconteceu.
A carta que Karina escreve ao seu estuprador é de uma força impossível de descrever e, claro, me levou às lágrimas.
Acredito que o livro queira mostrar um lado que normalmente não se mostra: a volta por cima da mulher massacrada que consegue se superar. (Embora eu não acredite que se possa juntar mais todos os pedaços após ser despedaçada como ela foi).
#PRACEGOVER: Fundo verde, do lado esquerdo, uma pequena gaiola branca na horizontal e pequenas flores brancas. Do lado direito, um marcador do Pacote Literário e o livro. |
A edição da Editora Panda Books é linda, com a capa que remete à liberdade, páginas amareladas, fonte confortável à leitura e detalhes ao início e final de cada capítulo.
Recomendo a todos, pois é uma leitura necessária.
#PRACEGOVER: A capa do livro tem fundo azul turquesa com nomes da autora e do livro centralizados em cima. Um desenho de uma gaiola aberta com passarinhos saindo dela nas mãos de uma caricatura de mulher e pequenas flores compõem a capa.
#PRACEGOVER: Minha caricatura e texto "Matéria de Karla Samira" |
Oi querida
ResponderExcluirQue livro interessante! Já tinha visto a capa, mas não conhecia a história
Adorei seu post e já coloquei o livro na minha lista
Ótima dica
Bjs
Claudia