Autor (a): Daniela Arbex
Editora: Intrínseca
Ano: 2018
Páginas: 248
Classificação: 4/5
Sinopse: Reportagem definitiva sobre a tragédia que abateu a cidade de Santa Maria em 2013 relembra e homenageia os 242 mortos no incêndio da Boate Kiss.
Daniela Arbex reafirma seu lugar como uma das jornalistas mais relevantes do país, veterana em reportagens de fôlego - premiada por duas vezes com o prêmio Jabuti - ao reconstituir de maneira sensível e inédita os eventos da madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando a cidade de Santa Maria perdeu de uma só vez 242 vidas.
Foram necessárias centenas de horas dos depoimentos de sobreviventes, familiares das vítimas, equipes de resgate e profissionais da área da saúde - ouvidos pela primeira vez neste livro -, para sentir e entender a verdadeira dimensão de uma tragédia sobre a qual já se pensava saber quase tudo. A autora construiu um memorial contra o esquecimento dessa noite tenebrosa, que nos transporta até o momento em que as pessoas se amontoaram nos banheiros da Kiss em busca de ar, ao ginásio onde pais foram buscar seus filhos mortos, aos hospitais onde se tentava desesperadamente salvar as vidas que se esvaíam. Foi também em busca dos que continuam vivos, dos dias seguintes, das consequências de descuidos banalizados por empresários, políticos e cidadãos.
A leitura de "Todo dia a mesma noite" é uma dolorosa e necessária tomada de consciência, um despertar de empatia pelos jovens que tiveram seus futuros barbaramente arrancados. Enxergá-los vividamente no livro é um exercício que afasta qualquer apaziguamento que possamos sentir em relação ao crime, ainda impune.
Daniela Arbex reafirma seu lugar como uma das jornalistas mais relevantes do país, veterana em reportagens de fôlego - premiada por duas vezes com o prêmio Jabuti - ao reconstituir de maneira sensível e inédita os eventos da madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando a cidade de Santa Maria perdeu de uma só vez 242 vidas.
Foram necessárias centenas de horas dos depoimentos de sobreviventes, familiares das vítimas, equipes de resgate e profissionais da área da saúde - ouvidos pela primeira vez neste livro -, para sentir e entender a verdadeira dimensão de uma tragédia sobre a qual já se pensava saber quase tudo. A autora construiu um memorial contra o esquecimento dessa noite tenebrosa, que nos transporta até o momento em que as pessoas se amontoaram nos banheiros da Kiss em busca de ar, ao ginásio onde pais foram buscar seus filhos mortos, aos hospitais onde se tentava desesperadamente salvar as vidas que se esvaíam. Foi também em busca dos que continuam vivos, dos dias seguintes, das consequências de descuidos banalizados por empresários, políticos e cidadãos.
A leitura de "Todo dia a mesma noite" é uma dolorosa e necessária tomada de consciência, um despertar de empatia pelos jovens que tiveram seus futuros barbaramente arrancados. Enxergá-los vividamente no livro é um exercício que afasta qualquer apaziguamento que possamos sentir em relação ao crime, ainda impune.
Bom dia, queridos leitores! Mais uma vez trago para o blog a resenha de um livro que trata de uma história real: o incêndio na Boate Kiss, ocorrido em 2013, uma tragédia de proporções imensuráveis.
Como sabem, adoro livros que contam fatos reais, mesmo quando são histórias muito tristes e pesadas. Ainda não conhecia o livro, que chegou até minha estante através de uma indicação em um grupo de leitura.
A autora nos conta, pela visão dos pais, funcionários de hospitais e unidades de saúde em geral e dos sobreviventes um pouco do que foi aquele dia de horrores em que ocorreu a tragédia na boate.
São tantas mães que perderam seus filhos, filhos que perderam os pais, noivos e namorados que ficaram sozinhos nesse mundo, que me deu um aperto enorme no coração também pelos que ficaram!
O livro não é escrito em formato de história, como se fosse um romance e sim como um documentário jornalístico, com amplas informações e detalhes (alguns em excesso), que em alguns momentos atrapalham um pouquinho a fluidez da leitura.
Mesmo assim, o leitor consegue saber exatamente como se deu o incêndio e todas as consequências do desastroso acontecimento.
No livro também vemos bastante do que há de melhor e pior no ser humano. Moradores que saíram às ruas com água, lanche, roupas e outros itens a serem ofertados tanto no momento dos primeiros salvamentos, como quando a cidade se encheu de pais e parentes dos mortos e sobreviventes.
A grandiosidade dos taxistas que fizeram corridas grátis para pais e familiares, moradores que se uniram na busca de informações (junto aos pais dos jovens que estavam na boate) nos órgãos de saúde, e tantos outros exemplos de humanidade.
Por outro lado, a falta dela também me assustou, quando li que os preços das urnas e caixões foram inflacionados de propósito neste momento em que nada menos que 244 pessoas precisavam ser enterradas.
Ainda me choquei com a mídia, que conseguiu fotografar e fez questão de expor corpos e a tristeza dos sobreviventes, como se o sofrimento passado na boate não fosse o suficiente!
O acompanhamento da parte técnica do incêndio, do resgate e dos cuidados também não deixou a desejar. A autora nos conta toda a investigação que levou os médicos a entenderem que o motivo de tantas mortes e tão rápidas, na verdade, foi o tipo de espuma utilizado no isolamento acústico da boate (feito de maneira totalmente irregular).
É o primeiro livro que eu leio da autora e sei que ela tem outros dois na mesma linha. Sua escrita é fluida, em regra, mas pode ser que alguns leitores estranhem sua forma de escrever (o tipo de escrita dela muitas vezes me lembrou um documentário de TV).
Recomendo a quem curte livros que relatam casos reais, mas já alerto: o livro é muito triste, em muitos momentos a única coisa que você pode fazer é chorar!
Junto com aqueles jovens, com certeza morreu um pedaço de todos os brasileiros, no terceiro maior incêndio da história em local fechado.
Como sabem, adoro livros que contam fatos reais, mesmo quando são histórias muito tristes e pesadas. Ainda não conhecia o livro, que chegou até minha estante através de uma indicação em um grupo de leitura.
A autora nos conta, pela visão dos pais, funcionários de hospitais e unidades de saúde em geral e dos sobreviventes um pouco do que foi aquele dia de horrores em que ocorreu a tragédia na boate.
São tantas mães que perderam seus filhos, filhos que perderam os pais, noivos e namorados que ficaram sozinhos nesse mundo, que me deu um aperto enorme no coração também pelos que ficaram!
O livro não é escrito em formato de história, como se fosse um romance e sim como um documentário jornalístico, com amplas informações e detalhes (alguns em excesso), que em alguns momentos atrapalham um pouquinho a fluidez da leitura.
Mesmo assim, o leitor consegue saber exatamente como se deu o incêndio e todas as consequências do desastroso acontecimento.
No livro também vemos bastante do que há de melhor e pior no ser humano. Moradores que saíram às ruas com água, lanche, roupas e outros itens a serem ofertados tanto no momento dos primeiros salvamentos, como quando a cidade se encheu de pais e parentes dos mortos e sobreviventes.
A grandiosidade dos taxistas que fizeram corridas grátis para pais e familiares, moradores que se uniram na busca de informações (junto aos pais dos jovens que estavam na boate) nos órgãos de saúde, e tantos outros exemplos de humanidade.
Por outro lado, a falta dela também me assustou, quando li que os preços das urnas e caixões foram inflacionados de propósito neste momento em que nada menos que 244 pessoas precisavam ser enterradas.
Ainda me choquei com a mídia, que conseguiu fotografar e fez questão de expor corpos e a tristeza dos sobreviventes, como se o sofrimento passado na boate não fosse o suficiente!
O acompanhamento da parte técnica do incêndio, do resgate e dos cuidados também não deixou a desejar. A autora nos conta toda a investigação que levou os médicos a entenderem que o motivo de tantas mortes e tão rápidas, na verdade, foi o tipo de espuma utilizado no isolamento acústico da boate (feito de maneira totalmente irregular).
É o primeiro livro que eu leio da autora e sei que ela tem outros dois na mesma linha. Sua escrita é fluida, em regra, mas pode ser que alguns leitores estranhem sua forma de escrever (o tipo de escrita dela muitas vezes me lembrou um documentário de TV).
Recomendo a quem curte livros que relatam casos reais, mas já alerto: o livro é muito triste, em muitos momentos a única coisa que você pode fazer é chorar!
Junto com aqueles jovens, com certeza morreu um pedaço de todos os brasileiros, no terceiro maior incêndio da história em local fechado.
Essa leitura faz parte do Projeto #leiamulheres, já explicado aqui no blog.
E você, já leu este livro ou outros que contam histórias reais? O que achou? Conte-nos nos comentários!
Que interessante! Não sabia que existia um livro sobre a tragédia da Boate Kiss. Não curto livros de não-ficção, mas certamente este seria um que leria, se tivesse oportunidade. Lembro muito bem desse dia, e é impossível não sentir empatia pelos mortos, pelos sobreviventes e por suas famílias. Foi uma perda nacional, não somente dos familiares. Beijos!
ResponderExcluirMARAVILHOSO. Já quero ler este livro!!!
ResponderExcluirOi Karla! Tudo bem? Sendo bem sincera, eu já não gosto de livros tristes e junta com eu não curtir muito ler documentários, então este livro certamente não entraria na minha lista, rs. Mas fico feliz em saber que a jornalista/autora escreveu e deixou registrado tão bem essa triste tragédia que abalou nosso país.
ResponderExcluirBeijos!
Olá!! Comecei a leitura desse livro e me prendi de uma forma que não consegui parar. Me envolvi de uma forma com o sofrimento, dores dos familiares que parecia que estava presente...
ResponderExcluirDaniela Arbex consegui nos envolver em suas narrativas...