#PRACEGOVER: Capa do livro |
Autor: Brian K. Vaughan
Editora: Intrínseca
Ano: 2008
Páginas: 140
Minha classificação: 5/5
Sinopse: Em seus premiados Y: O Último Homem e Ex Machina (eleito pela revista Entertainment Weekly como um dos melhores títulos de ficção de 2005), o roteirista Brian K. Vaughan mostrou-se capaz de entender tanto o instinto de sobrevivência quanto as nuances políticas do mundo moderno. Agora, nesta surpreendente graphic novel, Brian retrata as ruas destroçadas pela Guerra do Iraque.
Na primavera de 2003, um bando de leões escapou do Zoológico de Bagdá durante um bombardeio norte-americano. Perdidos, confusos, famintos e finalmente livres, os quatro leões perambularam pelas ruas destruídas de Bagdá numa batalha pela sobrevivência. Retratando o drama dos animais, Os Leões de Bagdá levanta algumas questões sobre o verdadeiro significado da liberdade - ela pode ser presenteada ou apenas conquistada por meio de luta e sacrifício?
Inspirado-se numa história real, Brian K. Vaughan e Niko Henrichon criaram um ponto de vista único sobre a vida durante a guerra, lançando luz sobre esse conflito como apenas uma graphic novel é capaz.
Olá, leitores do Pacote Literário!
Para quem curte HQ, a resenha de hoje é a indicação certa!
Os Leões de Bagdá, publicado pela Panini Comics, é um livro fantástico, que traz uma situação um tanto inusitada e triste, na qual eu nunca havia parado para pensar.
Para onde vão os animais do zoológico quando uma guerra acaba de estourar?
O livro é protagonizado por leões de um zoológico do Iraque que conseguem escapar das jaulas após um bombardeio dos Estados Unidos acabar de acontecer no país.
Antes, porém, da fuga, observamos uma discussão entre esses leões que, inevitavelmente, falam sobre suas noções de liberdade e proteção ali dentro e como será do lado de fora das grades.
Essa discussão me tocou muito porque entendi como uma metáfora para os humanos que, diante de uma situação de guerra, literalmente também não sabem para onde correr, nem como se proteger e vivem em constante estado de uma falsa liberdade.
Inclusive um ponto interessante a se ressaltar é, de uma forma ampla, se alguma guerra é capaz de, realmente, resolver algum problema entre países, libertar um povo e, em última análise, "melhorar o mundo", em algum nível.
Particularmente, penso que não, pois, quando vão para a guerra, todos os envolvidos saem perdendo.
O livro nos presenteia, então, com a jornada que os leões precisam enfrentar, muitas vezes sendo obrigados a se separarem, em outras tendo que lutar com inimigos muito maiores e, claro, mostra o sofrimento de todos diante das perdas que acontecem ali.
#PRACEGOVER: Fundo de livros, 2 vasos artesanais, flores amarelas e o livro ao centro. |
No decorrer dessa caminhada, temos acesso aos sentimentos e pensamentos dos leões, de suas lembranças e dos princípios que regem a vida selvagem, o que achei muito pertinente.
Achei muito interessante também como o autor abordou a relação daqueles animais selvagens com o homem, sendo que, até aquele momento, as únicas pessoas a quem eles tinham acesso eram seus tratadores no zoológico e cada um tem uma imagem a respeito do ser humano.
Baseado em fatos reais, foi uma leitura deliciosa, mas bem dolorida, que, como vocês puderam perceber, me trouxe muitas coisas sobre as quais refletir.
A edição da Panini Comics é lindíssima e traz ilustrações lindíssimas e muito reais, além de diálogos de alta qualidade e fáceis de compreender.
Eu não tenho o hábito de ler muitas HQ´s, mas essa me pegou de jeito e eu recomendo a todos!
E vocês, gostaram? Têm outras HQ´s com temas fortes para me indicar? Me contem nos comentários.
#PRACEGOVER: A capa do livro tem fundo em tons de laranja e traz o close de dos olhos e focinho de um leão. Abaixo, a imagem que remete a uma cidade destruída e leões passando. Os nomes do autor e ilustrador no início da página e o título centralizado em letras grandes.
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