Autor (a): Virgilio Magalde de Azevedo
Editora: Amazon
Ano: 2020
Páginas: 113
Classificação: 5/5
Sinopse: Maria é menina inquieta e bastante questionadora, talvez seja isso que ela tenha a sua própria visão da vida. Para entender melhor o mundo, ela resolve criar seu dicionário de adultos baseado na sua história e na de seus amigos e incrivelmente, sem se dar conta, Maria muda aos poucos a vida de todos em sua volta. Nesse livro ela conta, na sua visão simples e ao mesmo tempo fascinante, o que aprendeu sobre o amor, preconceito, conflitos, amizade, trabalho, dinheiro, felicidade e vida.
Olá, leitores do Pacote Literário!
Hoje venho contar um pouco das minhas impressões sobre o livro “A Maria que não vai com as outras”, do autor Virgílio Malgada. Recebi o convite para a leitura dele através da LC Agência de Comunicação e prontamente aceitei.
A protagonista do livro, Maria, é uma criança que fala as verdades da forma como as compreende. Como toda criança, tudo o que ela diz é repleto de pureza e ela traz palavras fortes e cruas para que todos possam olhar o mundo através das suas lentes.
Para cada capítulo, um assunto, a rotina de Maria (casa, amigos, passeios, escola) e algumas situações que poderiam, facilmente, acontecer na vida de qualquer um de nós.
"- Eu sei, até o Firmino, zelador, sabe que a senhora é feliz, menos a senhora. Que engraçado."
Ao final de cada reunião de contos da rotina de Maria, o autor inclui um dicionário "para quem quer mudar o mundo". Sim, ele põe paixão nos conceitos de amor, trabalho, dinheiro, vida e alguns outros e os transforma em tudo o que os adultos se esquecem sobre eles.
Foram muitas emoções na leitura, através de simples “toques” que Maria nos leva a perceber. O preconceito, por exemplo, começa com um conceito pré-estabelecido que Maria tem sobre um alimento. Passa pela “pouca vergonha” de casais (homossexuais e heterossexuais) em novelas da TV e chega ao lápis da cor preta na sala de aula.
"Essa é a minha vida (sendo, neste momento, boa ou ruim), é a minha oportunidade única de me descobrir. É a chance que eu tenho de ser Maria."
Nesses trechos muito simples, mas extremamente sensíveis, Maria nos fala sobre machismo, homofobia e racismo da forma como isso se encontra enraizado em nossa sociedade e nos coloca a repensar as nossas verdades internas e o modo como as apresentamos no mundo em que vivemos.
#PRACEGOVER: Fundo de madeira, uma rosa e duas folhas de outono vermelhas, duas canetas vermelhas e um marcador do Pacote Literário. Ao centro, o celular com a imagem da capa do livro. |
O trabalho é uma oportunidade de crescimento, mas seu excesso prejudica as demais relações da vida. Vale a pena “trocar” todas suas horas em família em favor de uma ambição desmedida?
E isso se repete em todos os capítulos, com todos os conceitos.
Ao terminar o livro, senti pulsar em mim uma sensação parecida com ‘O que posso fazer para me melhorar e, assim, ajudar a construir uma sociedade melhor?’
Lindo, inspirador, maravilhoso e necessário! Se deixe levar por Maria, a personagem que é uma fofura. Me encantei por ela. Indico o livro a todos!
"P.s. Descobri, escrevendo isso, que eu tenho alguns preconceitos. Vou já, já mudar isso em mim, senão não me chamo Maria!"
Vocês também curtiram essa história? Deixem seus comentários!
#PRACEGOVER: A capa do livro tem fundo amarelo, traz o título acima, o desenho de uma menina com uma placa na mão que diz "Procura-se adultos que queiram mudar o mundo". Abaixo, o nome do autor.
#PRACEGOVER: Caricatura de Karla Samira e texto: "Matéria de Karla Samira" |
Fiquei curiosa para conhecer esta Maria!
ResponderExcluirEu gosto muito de livros com esta temática e já vou colocar na minha lista
Adorei a dica, Karlinha
O post ficou muito bacana!
Bjs
Clauo